A Copa Intercontinental deste ano tem se revelado cheia de peculiaridades, começando pela sua própria realização em um ano que já conta com a Copa do Mundo de Clubes. Essa competição, que se mostra controversa na seleção de seus participantes, exige um critério quadrienal que não se alinha perfeitamente ao ritmo frenético do futebol mundial. A particularidade de cada fase de ter um nome e cada encontro representar uma taça, por si só, já levanta questionamentos sobre a estrutura do torneio.
Um dos aspectos mais críticos é a evidência da desigualdade promovida pela FIFA. Para garantir que o campeão europeu, o clube com maior apelo global, esteja presente, a entidade máxima do futebol optou por permitir que este time participe somente da última partida. Essa decisão não só reforça a superioridade dos grandes clubes, mas também destaca a necessidade de um combate mais incisivo contra as disparidades no contexto do futebol.
Outro fator que marca esta edição da Copa Intercontinental é a escolha do local. O torneio está sendo sediado em um país que não tem grande apelo popular entre europeus e sul-americanos, resultando em estádios imensos e vazios. Além disso, o timing é desfavorável, uma vez que acontece logo após o término da Copa Libertadores, limitando assim a presença dos torcedores nas arquibancadas, salvo aqueles com maior poder aquisitivo.
No entanto, o Flamengo, em sua campanha de 2025, segue firme. O clube está longe de decretar o fim de sua temporada, tendo realizado 72 jogos até o momento. No último embate, a equipe enfrentou o Cruz Azul, do México, em um jogo que se mostrou bastante desafiador. Apesar de o Flamengo ter conquistado a vitória por 2 a 1, o primeiro tempo foi marcado por dificuldades, onde o time mexicano conseguiu neutralizar as jogadas rubro-negras.
A equipe do Cruz Azul se destacou na posse de bola, dificultando o trabalho defensivo do Flamengo. Mesmo sem criar muitas oportunidades claras de gol, as diversas opções de passe e movimentação dos jogadores, como Erik Lira e Rotondi, tornaram a apresentação do Flamengo mais complicada. Oito minutos antes do intervalo, um erro dos adversários resultou em um gol do Flamengo, marcado por Arrascaeta, mas o Cruz Azul não demorou a empatar com um gol do lateral Sanchez.
No segundo tempo, a entrada de Plata no lugar de Samuel Lino trouxe nova dinâmica ao Flamengo. O time melhorou significativamente na troca de passes e na recuperação da posse de bola. Com um Cruz Azul menos eficiente em suas investidas, o Flamengo começou a dominar o jogo, encontrando espaços e alternativas para explorar ataques pela intermediária adversária.
Cebolinha, que entrou na metade da segunda etapa, também contribuiu para essa mudança de panorama. Suas movimentações criavam incertezas na marcação do Cruz Azul, culminando no gol da vitória, onde Arrascaeta aproveitou a confusão defensiva para receber a bola e marcar. O sucesso do Flamengo neste jogo é emblemático das várias opções de qualidade que o clube tem neste ano, mesmo diante das adversidades.
Com oportunidades de gol para ampliar a vantagem, o Flamengo também enfrentou momentos de tensão nos minutos finais do confronto. O maior desafio agora é entender se a concentração do time em Doha, junto aos poucos dias até o próximo duelo contra o Pyramids, será suficiente para garantir que o Flamengo se apresente em sua melhor forma, ou se o desgaste acumulado da temporada será um obstáculo a mais. No entanto, o time ainda possui metas a serem alcançadas na atual temporada.




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