20/3/2014 10:42
Jayme diz que gol desestruturou Fla e cobra 'erro zero' na final com o Emelec
Técnico critica estado do gramado e revela que pediu para equipe não se abrir após gol do Bolívar. E elogia segundo tempo, mas lamenta falta de eficiência para marcar
Jayme de Almeida orienta o time em vão na derrota na altitude que complicou o Flamengo (Foto: AP)
O técnico Jayme de Almeida encarou sem desespero a derrota para o Bolívar na noite desta quarta-feira, em La Paz. Mesmo com o Flamengo na lanterna do Grupo 7, o comandante foi sereno nas primeiras avaliações e evitou culpar o zagueiro Samir, que cometeu o pênalti decisivio após um escorregão. Para ele, o campo e a postura de seu time contribuíram para o resultado.
- Não esperávamos tomar um gol daquela maneira, mas não tem culpado, faz parte do jogo, o campo estava meio irregular, ele (Samir) falseou o pé e acabou fazendo o pênalti. Isso mudou completamente a nossa forma de jogar. Tentamos continuar, pedi para não se abrirmos muito, mas demos espaço para o Bolívar, o jogo ficou a mercê deles. No segundo tempo fizemos o combinado, jogando mais agrupados, tivemos oportunidades, mas infelizmente não fizemos.
Jayme ainda reconheceu que, no fim das contas, foi o gol sofrido que atirou por água abaixo.
- A pressão do Bolívar foi normal, estão acostumados com a altitude e fazem pressão o tempo inteiro. Sabíamos que a nossa estratégia era retardar o máximo o ritmo deles, mas aquele gol desestruturou um pouco.
Agora, o Rubro-Negro precisa vencer Emelec, fora de casa, e León, no Maracanã, nas últimas duas rodadas para se classificar às oitavas de final. Uma derrota põe tudo a perder.
Confira outros trechos da entrevista:
Esperança
- Futebol é 11 contra 11. Na Libertadores, todos os jogos são difíceis. Vamos jogar com o Emelec e depois disputar uma final em casa. Esse jogo (no Equador), que vai tirar ou não é esse. Vamos lutar lá e decidir em casa a classificação. Ninguém está fora nem dentro. Todo mundo tem chance.
Substituições
- O Paulinho foi para dar mais velocidade. Em duas jogadas dele, quase fizemos o gol. Só isso já explica. O Mugni entrou porque o Carlos Eduardo cansou. Queria que ele fizesse aquela ligação do meio com o ataque. O Alecsandro foi no fim do jogo para tentar uma bola na área. O André Santos estava cansado e na altitude havia vários jogadores cansados. Tirei ele quando achei que deveria.
Pressão
- A gente sabia que teria pressão e seria forte. Não faltou atitude. Foi um lance infeliz do nosso menino, que já fez jogos fantásticos. Nosso time sentiu o primeiro gol e nossa estratégia foi por água abaixo logo cedo. No segundo tempo, fomos mais fortes, jogamos agrupados. Corremos, lutamos o tempo inteiro, mas perder não é bom. Fizemos um segundo tempo, pelo menos, à altura do campeonato. Talvez, tenha faltado contundência no primeiro tempo.
Erros individuais
- Não gosto de falar isso, mas a realidade é que na Libertadores o Flamengo tem sofrido alguns gols não por mérito do adversário. Acho que pode se concentrar mais. Essa quantidade de equívoco tem que acabar. Isso pesa no resultado. É erro zero. Vamos torcer para que na decisão com o Emelec não aconteça isso para que a gente tenha uma oportunidade maior de vencer.
Samir
- Não é falha. Foi um problema do campo, que estava irregular naquele ponto.
Ausência de Elano
- Infelizmente, ele sentiu uma lesão. Jogou pouco nos últimos três meses no Grêmio e ficou complicado nesse começo de temporada. Mas não foi nada tão grave que não possa estar no jogo do Emelec.
783 visitas - Fonte: GE
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