O adeus de Carlos Eduardo ao Flamengo é questão de tempo. Com o fim de seu contrato de empréstimo no dia 30 de junho e remotas chances de permanecer, o tom de despedida já faz parte das entrevistas do meia. Contra o Bolívar, nesta quarta-feira, pela quarta rodada do Grupo 7 da Libertadores, Cadu voltou a ser titular depois de dois meses. Recebeu a oportunidade de iniciar uma partida de caráter decisivo para o time, mas teve participação discreta na derrota rubro-negra por 1 a 0.

- Me senti bem, poderia render bem mais no primeiro tempo, mas no segundo tempo me soltei bem mais – avaliou.

O camisa 20 não conseguiu conduzir o time como esperava o técnico Jayme de Almeida. O gol sofrido pela equipe logo nos primeiros minutos de jogo também atrapalhou. A ideia era que ele segurasse a bola no ataque e esperasse a chegada dos companheiros. No entanto, como o Bolívar passou a jogar em contra-ataques, sua participação foi extremamente discreta, com raras aparições.
O pensamento é cumprir o meu contrato até o fim, sempre dar o máximo. Poderia ter rendido mais, mas não consegui. Estou tranquilo, vou ajudar o Flamengo até o fim. Eu acho que ainda posso ser importante
Carlos Eduardo, meia do Flamengo

Mas Cadu ainda acredita que pode ser útil nos seus capítulos finais pelo clube. E espera ajudar na tentativa de classificação para as oitavas de final da Libertadores. Lanterna do seu grupo, o Flamengo precisa vencer Emelec, no Equador, e León, no Maracanã, para avançar sem depender de outros resultados.

- Sempre penso em fazer o melhor, em nenhum momento larguei o Flamengo de mão. O pensamento é cumprir o meu contrato até o fim, sempre dar o máximo. Poderia ter rendido mais, mas não consegui. Estou tranquilo, vou ajudar o Flamengo até o fim. Eu acho que ainda posso ser importante.

Consciente de que a possibilidade de continuar no clube praticamente inexiste, o meia consegue fazer uma análise positiva da passagem pelo Rubro-Negro.

- Não cheguei a comentar com meu empresário (sobre permanecer ou não). O mais importante é que a passagem que estou tendo aqui, apesar das dificuldades, está sendo vitoriosa. Ganhei um título de Copa do Brasil, importante para mim e para o Flamengo. Vou levar para o resto da vida. Não consegui render o futebol que poderia, mas saio bastante satisfeito – comentou.

A situação do Flamengo no Grupo 7 da competição é delicada. Com quatro pontos a duas rodadas do fim, o time está na lanterna. León (sete), Emelec (seis) e Bolivar (cinco) completam a chave. O próximo jogo será no dia 2 de abril, contra o Emelec, em Guayaquil. Uma derrota no Equador elimina o Flamengo mais uma vez na fase de grupos, como ocorrera em 2012. Um empate ainda significa um drama intenso para a última rodada. A vitória muda o panorama e faz o clube brasileiro depender apenas de si contra o León, no Maracanã, na última rodada.

O Flamengo enfrenta a Cabofriense, domingo, no Maracanã, pela última rodada da Taça Guanabara. O time já conquistou o título da competição e está nas semifinais do Campeonato Carioca.