A exemplo da partida deste sábado contra a Cabofriense, na qual precisou improvisar nas laterais, o técnico do Flamengo, Jayme de Almeida, terá que seguir a linha no jogo decisivo contra o Emelec, em Guayaquil, na quarta-feira, em busca da vaga para as oitavas na Copa Libertadores.

Sem poder contar com André Santos, Léo Moura, Elano, Cáceres e Léo - todos no departamento médico, o comandante rubro-negro deve escalar o time que iniciou o segundo jogo da semifinal do Carioca, com algumas pequenas adaptações.

A maior preocupação é com a lateral direita, já que o treinador não conta nem com seu titular Léo Moura nem com o reserva Léo. As opções seriam Paulinho, Gabriel ou Recife, que desempenhou improvisadamente a função contra a Cabofriense.

“Recife nunca foi lateral. Queríamos ver, ficamos satisfeitos e vamos levá-lo. Podemos colocar o Paulinho ali ou o Gabriel, ele já jogou ali no Bahia. Temos que olhar com calma. São poucas opções. Precisava olhar um cara que jogasse mais atrás. Com Paulinho e Gabriel o time fica ofensivo”, disse o técnico, que foi realista ao falar que não colocaria jogadores, embora alguns experientes, que estão retornando de contusão.

"Ninguém que está no departamento médico vai para o Equador. Não adianta levar para lá quem está há 15 dias sem treinar, sem condições de jogo. Teremos um treino apenas, na terça-feira. Não podemos arriscar a nossa classificação colocando jogadores que estão há muito tempo fazendo tratamento, alguns começando a correr agora. Acho muito arriscado” argumentou.

Segundo o comandante rubro-negro, o Flamengo não jogará na retranca em Guayaquil. Precisando de no mínimo um empate para tentar conquistar a vaga em casa contra o Léon, no Maracanã, no dia 9, Jayme afirmou que vai montar uma equipe ofensiva. Everton, artilheiro rubro-negro na competição sul-americana com três gols, foi poupado da partida do Estadual neste sábado.

“Se jogarmos para empatar, poderemos perder. Temos que ter cautela, mas atacar e aproveitar os espaços do Emelec. Temos que ser inteligentes e tentaremos um time que seja contundente atacando. Defender faz parte, mas temos que atacar para, se possível, sair até com uma vitória. Jogar 90 minutos por um empate é muito pouco”, falou o treinador, que disse confiar em seu elenco.

"Será um clima de decisão. Em nenhum momento vai ser fácil. Será disputadíssimo. A gente tem confiança nos garotos, que sempre corresponderam. Com todas as dificuldades dos dois jogos fora, em nenhum momento deixaram de correr e lutar. Fizeram um jogo muito bom contra o Léon, com 10. E outro na altitude. Com todos esses problemas nosso time sempre lutou até o final. Não tenho a menor dúvida de que o Flamengo vai disputar a vaga lá, e com certeza vai trazer o último jogo para cá, para vencermos o Léon e classificar”, finalizou Jayme.

O Flamengo entrará em campo sem nenhum jogador pendurado por cartões amarelos. André Santos é o único do grupo que tem dois, mas não enfrenta o Emelec. Como o retorno do atleta na competição sul-americana deve acontecer só para a partida contra o Léon, no Maracanã, e caso o rubro-negro avance no torneio, ele não corre o risco de pagar suspensão automática, visto que os cartões serão "zerados" ao final da fase de grupos, fazendo com que todos os jogadores entrem nas oitavas de final sem nenhuma advertência acumulada.

A delegação rubro-negra viaja nesta segunda-feira, às 8h40 (de Brasília), para Bogotá, com chegada local prevista para as 13h10. O voo para Guayaquil está previsto para as 14h38, horário local, e chegada às 16h28. O Flamengo entra em campo contra o Emelec na quarta-feira, às 22h.

Para continuar em busca da vaga às oitavas na competição sul-americana, o Flamengo precisa empatar ou vencer o Emelec. Último colocado do grupo 7 da Libertadores, com quatro pontos, com a conquista de pelo menos um ponto no Equador o time rubro-negro continua vivo na competição, já que faz a última partida em casa, contra o Léon, precisando da vitória no dia 9 de abril.