Felipe pede árbitros mais profissionais no Brasil
(Foto: Wilson Hebert / SporTV.com)

Após o titulo carioca, conquistado no último domingo de forma dramática, Felipe foi o personagem principal de algumas polêmicas. Depois que Márcio Araújo marcou, em impedimento, o gol do 1 a 1 que rendeu ao Rubro-Negro o estadual, o goleiro disparou quer ganhar o título "roubado é mais gostoso". Ele já pediu desculpas sobre as declarações, mas aproveitou para direcionar suas críticas agora para a arbitragem.

- A gente sabe que são erros que não podem acontecer. Mas não foi só no Rio de Janeiro, pelo que a gente acompanha. Acho que enquanto a nossa arbitragem não for mais profissional, mais séria, a gente vai ficar sempre com isso aí. Não vai ser a primeira vez, nem a última que isso vai acontecer. No Campeonato Mineiro teve um erro também. São lances cruciais que decidem um título. São muitos os investimentos que as equipes fazem e por um lance ou por uma pessoa, acaba sendo tudo jogado fora. Tem que ser feita uma reformulação, alguma coisa, são erros clamorosos. E isso vai passando. Daqui a pouco começa o Brasileiro, vão ocorrer outros lances complicados, vem 2015 e vai continuar a mesma coisa - afirmou.

Questionado então se os atletas não deveriam colaborar mais com os árbitros, no sentido de não simularem faltas, ou de não tentar tirar vantagem dos erros dos juízes, Felipe admitiu que possa haver uma melhora, mas reiterou que os erros só vão diminuir com melhor capacitação dos “donos do apito”.

- Às vezes os jogadores usam muitas artimanhas do jogo. Você quer irritar o adversário para tirá-lo do outro lado, aí simula uma falta. Por isso que eu falo que tem que treinar mais os árbitros, para que eles possam ver lances assim: saber se foi pênalti, se simulou a jogada. Porque isso faz parte do futebol. Sabe que tem um adversário esquentado do outro lado. Cabe ao árbitro e aos assistentes aceitarem ou não os lances. É do futebol não tentar enganar o árbitro, mas enfraquecer o adversário.

Ainda sobre o comportamento dos jogadores em campo, o arqueiro acredita difícil que o futebol tenha, um dia, o fair-play que o tênis tem, por exemplo, onde os jogadores acusam uma bola fora.

- Quase que impossível. Em um lance em que a bola entrou, acho difícil que um atleta vire e fale que a bola entrou. Você vem desde a base, sempre tendo que ganhar a qualquer custo, então você cresce assim. Quem sabe daqui uns 10 ou 20 anos isso possa ser mudado.