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O jogo entre São Paulo e Botafogo teve o melhor público da primeira rodada do Campeonato Brasileiro, com 31.564 pagantes
O início de 2014, ano que prometia ser especial para o futebol brasileiro, por causa da realização da Copa do Mundo, foi uma ducha de água fria em relação à presença do público nos estádios. Desanimado com o baixo nível dos campeonatos estaduais, o torcedor brasileiro deixou as arquibancadas praticamente às moscas. Mas bastou começar o Campeonato Brasileiro para o cenário mudar drasticamente. A primeira rodada, realizada no último final de semana, contou com uma média de 15.192 torcedores por partida. Nenhum dos quatro principais estaduais do Brasil (Paulista, Carioca, Mineiro e Gaúcho), encerrados há duas semanas, chegou próximo a isso.
E a tendência é que o ritmo se repita na segunda rodada, que terá confrontos tradicionais e atrações à parte. Este é o caso do duelo entre Corinthians x Flamengo, marcando a despedida do time paulista do Pacaembu, já que depois da Copa o clube mandará suas partidas em seu proprio estádio, o Itaquerão. Também deverão ter casa cheia Palmeiras x Fluminense neste sábado, o primeiro jogo dos paulistas em casa após a volta à Série A; Cruzeiro x São Paulo, em Uberlândia, no domingo, com os mineiros prometendo escalar o time titular; e Sport x Chapecoense, também o primeiro jogo dos pernambucanos em Recife após subir da Série B.
A rodada inaugural do Brasileirão teve quatro partidas com menos de dez mil torcedores: Chapecoense x Coritiba (6.944 pagantes), Atlético-PR x Grêmio (2.495, jogo realizado em campo neutro), Bahia x Cruzeiro (9.348) e Santos x Sport (7.964). Em compensação, duas partidas superaram a casa dos 30 mil pagantes: a vitória do Fluminense sobre o Figueirense por 3 a 0, no Maracanã (31.173), e o triunfo do São Paulo diante do Botafogo, também por 3 a 0, no Morumbi, que teve o melhor público da rodada, 31.564 pagantes.
A título de comparação, vale lembrar que, dos estaduais recém-encerrados, o que apresentou a melhor média foi o Campeonato Paulista, com 5.780 torcedores por partida. Logo em seguida aparece o Campeonato Mineiro, que teve 4.257 pagantes por partida, à frente do Carioca, com míseros 2.828 pagantes. O pior estadual entre os mais ricos do Brasil em termos de público foi o Gaúcho, com 2.388 pessoas por jogo.
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A torcida compareceu em bom número na vitória do Fluminense sobre o Figueirense, na primeira rodada
Os números da largada deste Brasileiro mostram inclusive uma clara evolução em relação aos nacionais anteriores. Com exceção do campeonato de 2013, as médias das primeiras rodadas de 2012 e 2011 são inferiores. O ponto fora da curva da rodada inaugural do torneio do ano passado foi o jogo entre Santos e Flamengo, realizado no então novo estádio Mané Garrincha, em Brasília, e que marcou a despedida de Neymar do time paulista. Confira as médias abaixo:
Ano Média de público na 1ª rodada
2014 15.192 pagantes por jogo
2013 16.479 pagantes por jogo
2012 10.002 pagantes por jogo
2011 9.683 pagantes por jogo
O jogo entre Santos e Flamengo, que puxou a média para cima na abertura de 2013, foi acompanhado por 63.501 pagantes. Mas os números caíram pela metade na segunda rodada, com 8.182 torcedores, o que reforça o bom desempenho nas bilheterias do início do Brasileirão de 2014.
Novas arenas
Também não deve ser desprezado o fator da curiosidade dos torcedores que acompanharão o Brasileirão diante dos novos estádios que serão usados na Copa do Mundo. Na rodada do último final de semana, quatro partidas foram disputadas em arenas que serão palco de jogos do Mundial: Beira-Rio (Internacional 1 x 0 Vitória), Maracanã (Fluminense 3 x 0 Figueirense), Fonte Nova (Bahia 1 x 2 Cruzeiro) e Mané Garrincha (Flamengo 0 x 0 Goiás).
Neste final de semana, apenas um jogo, Botafogo x Internacional, será realizado em um estádio da Copa, no caso o Maracanã. Mas até a sexta rodada do Brasileirão, prevista para os dias 21 e 22 de maio, mais 13 jogos serão disputados nas novas arenas, o que também deve servir como uma motivação extra para os torcedores lotarem as arquibancadas, ao contrário do que ocorreu nos desmotivados estaduais.
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