Laprovittola (7) observa disputa de bola acirrada no chão (Foto: Marco Aurélio/Fla Imagem)

Até aquele momento tudo parecia bem. O Flamengo ditava o ritmo do jogo, via o Bauru pecar demais nos ataques e aproveitava para se distanciar no placar. Uma dessas falhas deu origem a um contra-ataque puxado pelo armador Nicolás Laprovittola. O chute adversário bateu no aro, o argentino pegou o rebote e partiu em velocidade. Se Gui Deodato fechava sua passagem, o argentino dava um drible jogando a bola por entre as pernas do ala. O lance, que no futebol é apelidado de "caneta", entre outros termos, levantou a arquibancada do Tijuca. Tischer ainda tentou pará-lo, mas ele viu Olivinha, deu o passe e depois comemorou a cesta do ala-pivô.

A alegria dos dois só não foi completa porque do segundo quarto em diante as dificuldades aumentaram. O time paulista reagiu, acertou a pontaria da linha dos três pontos e acabou levando a melhor no jogo 1 da série melhor de cinco de quartas de final do NBB 6, por 74 a 70. Nesta segunda-feira, as equipes voltam a se enfrentar no ginásio do Tijuca, às 20h. E Olivinha espera que o final da história seja diferente.

- Pelo primeiro quarto que fizemos (venceram por 21 a 10) pensei que a vitória viria. Naquele lance do Nico eu só ouvi a reação da arquibancada, vi que ele vinha correndo e depois que o Tischer foi para cima dele para tentar parar a jogada. Ele me olhou e conseguiu fazer o passe para eu finalizar. Depois é que fui saber que tinha sido por entre as pernas do Gui. Mas isso é um lance normal para o Nico. É um dos recursos que ele tem e usa. E acabam sendo lances bonitos. Nessa partida nós não fomos bem ofensivamente. Um empurrava o outro, mas não deu. Temos que melhorar isso e também nossa defesa - disse o jogador, que anotou 11 pontos e pegou oito rebotes no confronto.