Foram necessários 17 meses para uma relação um tanto quanto conturbada chegar ao fim. É bem verdade. Um casamento é feito de altos e baixos. O do Flamengo com Carlos Eduardo, porém, foi pautado somente por cobranças e decepções. Mesmo com data certa para acabar (30 de junho de 2014), o fracasso fez com que o divórcio saísse quase um mês antes do previsto. Quis o destino – ou não – que a manhã desta quinta-feira fosse marcada pelo adeus do jogador ao Ninho do Urubu, único local onde não era hostilizado pelos rubro-negros.

Como quem ia pela última vez na casa da ex-esposa, Carlos Eduardo juntou as “tralhas” e se despediu de todos que ainda vão continuar morando ali. E o clima, diferentemente daquele visto no Maracanã, era de carinho. Sorridente, o jogador foi abraçado por todos que estavam no CT, deixando claro que a raiva cultivada na arquibancada não afetava em nada a relação com todos dentro do clube.

Talvez, por essa amizade criada nos bastidores do Rubro-Negro, a rescisão tenha sido feita de forma amigável. O contrato – quebrado na noite de quarta-feira –, inclusive, é a maior prova disso. Tudo bem, Carlos Eduardo custou caro ao Flamengo. Entretanto, se serve como afago, o clube não terá de arcar com os dois últimos meses da gorda pensão (leia-se salário) que o jogador tinha o direito de receber.

Agora, cada um segue a vida. O Fla, aqui no Brasil. Enquanto isso, Carlos Eduardo retorna à Rússia, mais precisamente ao Rubin Kazan. A conhecida frase “foi eterno enquanto durou”, neste caso, pode dar lugar à “que bom que acabou”. E que a digam os torcedores.