A má atuação da seleção brasileira contra a Sérvia pode nos ajudar a ganhar a Copa. Após a goleada sobre o Panamá, principalmente, por causa do show de Neymar, ficou a impressão de que o Brasil estava pronto e o futebol exibido na Copa das Confederações já recuperado. Na magra vitória de ontem, deu pra ver que não é bem assim.



Bastou enfrentar um adversário tecnicamente um pouco mais qualificado e uma retranca taticamente bem posta para os problemas aparecerem. O time de Felipão depende demais de Neymar! Quando ele não vai bem — e desta vez, no Morumbi, não foi — as jogadas de ataque desaparecem simplesmente porque não há alternativas.



Oscar, uma vez mais, teve atuação apagadíssima; Paulinho (outro destaque na Copa das Confederações), idem e os laterais Daniel Alves e Marcelo encontraram enormes dificuldades para chegar à linha de fundo.



O resultado? O ataque brasileiro empacou. A ponto de, mesmo atuando com os onze jogadores em seu próprio campo, na maior parte do tempo, terem sido da Sérvia as mais claras oportunidades de gol no primeiro tempo.



E aí surgiram novos fantasmas: Júlio César fez uma lambança colossal numa saída de bola e David Luiz e Thiago Silva, a festejada dupla de zaga mais cara do planeta, se enrolou num “deixa que eu deixo” de gelar a espinha.



O gol salvador, já na segunda etapa, nasceu de um lance incomum: Thiago Silva (sem ter opções para quem passar) arriscou um lançamento longo, mas precisamente milimétrico, para Fred e o centroavante (que não vinha fazendo rigorosamente nada até então) matou bem no peito e, mesmo caído, justificou a fama de artilheiro, marcando um lindo gol.



Justiça seja feita, a vitória poderia ter sido por 2 a 0, pois um outro gol, de Hulk, foi mal anulado por um impedimento inexistente,. Mas, é importante ressaltar, poderíamos também ter deixado o campo com um empate, pois um minuto antes, a trave salvara Júlio César, após uma bela cabeçada de Jojik.



As bolas aéreas revelaram, aliás, outra deficiência a ser corrigida no time brasileiro: tanto Thiago Silva quanto David Luiz foram batidos algumas vezes nos cruzamentos sobre a área.



De positivo, no balanço final ficou a sensação de que não há motivo algum para qualquer tipo de já ganhou, muita coisa ainda precisa ser melhorada e, talvez, algumas peças trocadas.



Continuo a crer que, salvo contusões, Scolari escalará contra a Croácia a formação que se consagrou na Copa das Confederações e iniciou este último amistoso. Mas acho bem possível que surjam mudanças em breve — e as entradas de Willian e Fernandinho, nos lugares de Oscar e Paulinho, são as mais prováveis.



De resto, é torcer (muito!) para que Neymar esqueça a apagada atuação de ontem e volte a brilhar. Se ele não estiver na ponta dos cascos, já era...





Festa na floresta!

Até Ney Franco foi passear na Disney! Trabalhar, no Flamengo, pra que?