França disputa com a Alemanha uma vaga para semifinal (Foto: Reuters)
O Maracanã combina com um grande jogo, daqueles de parar meio mundo na frente de uma televisão e não deixar um buraco sequer nas arquibancadas. Um França x Alemanha em mata-mata de Copa do Mundo também pede um estádio mítico, adjetivo repetido à exaustão por quem pisou e pisará em seu gramado e dará aquela olhadinha ao redor. Pois a ocasião, neste caso, foi ainda benevolente com o espetáculo: os europeus farão não apenas o clássico que decidirá o primeiro semifinalista no Brasil, nesta sexta-feira, a partir das 13h (de Brasília), mas também a 100ª partida daquele que será o palco da grande decisão do Mundial.
O novo Maracanã foi inaugurado no dia 2 de junho de 2013. Brasil e Inglaterra empataram por 2 a 2 em amistoso às vésperas da Copa das Confederações, com o primeiro gol marcado por Fred. O atacante da Seleção e do Fluminense só balançou menos as redes na versão recente do estádio do que Hernane, do Flamengo - são 20 do Rubro-Negro contra nove do Tricolor. O jogo 99 aconteceu sábado passado e teve como protagonista o colombiano James Rodríguez, autor dos dois gols na vitória sobre o Uruguai. Neste intervalo até mesmo os franceses atuaram lá - ficaram no zero com o Equador, ainda pela fase de grupos.
O encontro desta sexta reúne elementos para acreditar que se trata de um jogão. França e Alemanha estão entre os quatro melhores da Copa até aqui - os alemães marcaram nove vezes, os franceses oito. Apesar de não convencerem totalmente, as duas seleções carregam ainda uma grande exibição da primeira fase: o hat-trick de Thomas Müller na goleada por 4 a 0 sobre Portugal e o show de Benzema e companhia diante da Suíça (5 a 2), ambos na Fonte Nova.
Além dos números há uma rivalidade continental, de três encontros em Copas. A vantagem é da Alemanha, vencedora nas semifinais de 1982 (vitória nos pênaltis após um 3 a 3 épico na prorrogação) e 1986 (2 a 0). O triunfo da França aconteceu na disputa do terceiro lugar de 1958: 6 a 3, com quatro gols de Just Fontaine. No retrospecto geral, contabilizando amistosos e Eurocopa, os franceses estão à frente: 11 vitórias, oito derrotas e seis empates.
França definida:
O time francês tem uma dúvida no ataque. Giroud disputa posição com Griezmann. O primeiro foi titular contra a Nigéria, pelas oitavas de final, mas o time melhorou quando ele foi substituído pelo segundo. Na zaga, Sakho está de volta.
Alemanha escalada:
Preocupação envolve a condição física dos alemães. Desgastados após a prorrogação contra a Argélia, na segunda-feira, sete deles ainda foram atacados por uma forte gripe. Thomas Müller, artilheiro do time com quatro gols, foi um deles. O técnico confirmou a existência do vírus dentro do elenco, mas acalmou os temores. O zagueiro Hummels, ausente diante dos africanos pelo mesmo motivo, está de volta à equipe. Há ainda a chance de Schürrle ganhar a vaga de Götze no ataque.
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