11/8/2014 07:50
Flamengo inicia nova reformulação na base com demissões e novo lema: ‘Tem que diminuir a quantidade e melhorar a qualidade’
Diretor executivo Felipe Ximenes, de frente, centraliza mudanças e já passou aos demais membros do futebol Foto: Cezar Loureiro / Globo - Esportes
Endividado, sem poder fazer grandes investimentos para salvar o time do rebaixamento, a diretoria do Flamengo, que hoje pega o Sport, às 16h, no Maracanã, olhou para a base e também não viu soluções. Como as chamadas “pratas da casa” rarearam, os dirigentes resolveram cortar na própria carne e pensar adiante. Sob o comando do diretor executivo Felipe Ximenes, teve início nas últimas semanas uma reforma geral na categoria inferior, que revelou apenas Luiz Antonio e Paulo Victor entre os titulares na escalação de logo mais. Craque mesmo, o Flamengo não faz mais em casa.
— Um dos objetivos é voltar esse lema. Mas precisa de profissionalismo e tempo. A gente precisa melhorar muito esse CT — alerta o executivo.
O processo começou com a demissão de diversos profissionais, entre coordenadores, supervisores, treinadores, preparadores físicos, olheiros, massagistas, roupeiros e auxiliares administrativos. A categoria mirim foi a que sofreu mais, com 12 saídas que geraram muitas críticas internas, já que é a atual campeã carioca, enquanto a juvenil e infantil passaram por vexames recentes. Funcionários com os menores salários e até 35 anos de casa foram desligados. Até no futsal houve cortes em março desse ano.
— Tive coragem de fazer coisas que ninguém teve. Vão encostando pessoas que ficam sem fazer nada. Tinha um monte trabalhando meio período — justificou Ximenes, que estabeleceu um novo organograma.
A coordenação da base volta apenas para Carlos Noval, que chegou ao clube em 2009. Marcos Biasoto, trazido por Paulo Pelaipe em 2013, deixa de dividir a função de coordenação e passa a ser um analista de mercado e desempenho de todo o clube. Os profissionais passarão por reavaliação. A redução no número de atletas será o próximo passo. O juvenil, por exemplo, tem 50 atletas. Muitos dos jogadores e funcionários vieram do Audax.
— O Flamengo é uma filial do Audax — conta um funcionário que não foi demitido.
— O Flamengo tem hoje 280 atletas. Tem que diminuir a quantidade e melhorar a qualidade — defende Ximenes, lembrando que o Flamengo não forma nem vende um jogador há muito tempo. O último “craque” foi Renato Augusto, em 2008.
8914 visitas - Fonte: Extra Globo
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