O Flamengo de Alecsandro não vence há cinco rodadas no campeonato Foto: Nina Lima

O desconforto no Flamengo é grande. As vitórias cessaram no segundo turno, o time estagnou e a fuga contra o rebaixamento voltou a ser o principal objetivo do ano. Sem ter para onde correr (o clube não pode mais contratar reforços para esta temporada e a política de premiação por metas atingidas já não tem mais dado o mesmo resultado de antes), o Rubro-negro tenta evitar aquilo que elegeu como maior inimigo no momento: o desespero.

— Não tem porque ter desespero. Estamos mais perto da zona do rebaixamento sim, mas neste momento o desespero é o pior inimigo. Temos que dar tranquilidade para os jogadores, temos que trabalhar, manter o foco e, claro, contar com o apoio da torcida — afirmou o vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel.

Dentro do clube, a análise é de que o time sofre pelo excesso de jogos contra times de maior força na primeira metade dos turnos. A expectativa é de que, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno, a equipe engrene quando passar a enfrentar os adversários mais fracos ou de menor tradição. Um problema que não ocorreria caso o elenco não fosse limitado.

Para a temporada 2014, o Flamengo fez 13 contratações. Destas, apenas cinco deram certo (Alecsandro, Everton, Canteros, Márcio Araújo e Eduardo). As demais, ou amargam o banco de reservas ou até já deixaram de fazer parte do elenco, casos de Elano e Feijão.

— Este não é o momento para este tipo de julgamento. O time está taticamente organizado. A gente sabe das carências dele e, no momento certo, vamos sentar para fazer uma avaliação. Mas agora temos que ter tranquilidade e pé no chão — admitiu Wrobel.

Em penúltimo no returno, com apenas seis pontos em sete jogos, o Flamengo ainda terá algumas pedreiras pela frente: Figueirense e Atlético-PR fora; e o líder Cruzeiro e o vice-líder Internacional, no Maracanã. Um caminho tortuoso.