13/4/2013 10:09
Fla e Flu pagam R$ 50 mi em dívidas e tentam mudar estigma de gestões
A célebre frase 'eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo', proferida pelo volante Vampeta quando defendia o Flamengo, em 2001, virou estímulo para uma mudança de gestão no time da Gávea e no tricolor das Laranjeiras, adversários deste domingo, pela Taça Rio. Se durante décadas, a irresponsabilidade fiscal fez com que dívidas aumentassem, as gestões atuais tentam implementar um modelo profissional para reduzir rombos que comprometem a possibilidade de investimentos.
A estratégia para conseguir pagar os impostos atuais, suportar penhoras por ações da Justiça e ainda quitar débitos antigos tem sido parecida nos rivais. Redução forte dos custos, inclusive com corte de pessoal. Dorival Júnior e Zinho são apenas alguns exemplos famosos entre diversos funcionários rubro-negros que deixaram o clube por terem salários que estariam acima do padrão da nova gestão.
FLAMENGO
QUANTO PAGOU EM 2013: R$ 40 milhões
QUANTO AINDA PRETENDE PAGAR NO ANO: R$ 40 milhões
VALOR TOTAL DA DÍVIDA: R$ 750 milhões
COMO PAGOU: Bônus do contrato com a Adidas, cotas de televisão, patrocínio e redução de custos operacionais
FLUMINENSE
QUANTO PAGOU EM 2013: R$ 10 milhões
QUANTO AINDA PRETENDE PAGAR NO ANO: R$ 25 milhões
VALOR TOTAL DA DÍVIDA: R$ 415 milhões
COMO PAGOU: Cotas de televisão, renegociação de dívidas, redução de custos operacionais e venda de jogadores
"A gente está vendo claramente que a filosofia de gestão e trabalho está sendo radicalmente mudada e vai passar naturalmente pelo meu comando como treinador. A gente sabe que teremos que buscar reforços com os pés nos chão. É um valor considerável, mas que precisa ser pago. Existe uma seriedade muito grande em resolver problemas e buscar reforços. Teremos reforços para o Brasileiro, mas não absurdos em valores, mas bons reforços", declarou o técnico Jorginho.
No Fluminense, o corte nos gastos começou em 2011, com drástica redução de pessoal. Os efeitos no time de futebol foram sentidos principalmente em 2012, quando 'medalhões' como Araújo, Rafael Moura, Souza e Martinuccio foram negociados para reduzir a folha salarial. Apesar de ter a parceria da Unimed, que mantém um time competitivo mesmo em tempos de crise, a alternativa têm sido apostar na base.
Somados, as dívidas de Flamengo e Fluminense ultrapassam a casa de R$ 1 bilhão de reais. O time da Gávea anunciou na última quinta-feira que uma auditoria apontou R$ 750,7 milhões de passivo, enquanto o tricolor trabalha com um número próximo de R$ 415 milhões. A estratégia para reverter este quadro também está no programa de sócio-futebol. Os dois clubes relançaram seus programas na expectativa de aumentarem rendas previsíveis e não sofrerem mais sem dinheiro em caixa.
No início do mês, o Flamengo conseguiu todas as seis certidões negativas de débito (CNDs) pagando R$ 40 milhões em débitos, utilizando parte da verba de contrato com a Adidas e cotas de televisão. Agora, o clube pode obter incentivos fiscais e negociar, por exemplo, patrocínios com empresas estatais. No rival, a busca é por uma liminar judicial que consiga fixar valores para penhoras da PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional). A dívida com o órgão federal já atinge R$ 67 milhões.
Como não recolheu impostos de maneira adequada entre 2007 e 2010, muitas receitas do Fluminense não entram nos cofres para o pagamento imediato da dívida. Como exemplo, dos R$ 9 milhões a que teria direito pelo prêmio da conquista do Brasileirão de 2012, R$ 3 milhões foram direto para os cofres federais.
1218 visitas - Fonte: Uol
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