Paulo Pelaipe: Do amadorismo à modernidade

23/12/2012 10:02

Paulo Pelaipe: Do amadorismo à modernidade

Pelaipe responderá por todo o futebol do Fla. Com raízes no ramo de seguros, diretor executivo já foi um dirigente não remunerado

Paulo Pelaipe: Do amadorismo à modernidade
Um gaúcho de Porto Alegre que não é muito chegado ao chimarrão. Um dirigente à moda antiga, com frases de efeito e adaptado à modernidade do futebol. Paulo Pelaipe, anunciado logo nos primeiros dias da nova gestão como diretor executivo de futebol de Eduardo Bandeira de Mello, percebeu em quase duas semanas o peso de trabalhar no Flamengo.

– A diferença para o Grêmio, meu antigo clube, é grande. As repercussões do que se fala são muito maiores aqui. É um outro mundo – constata o dirigente.

Até 2007, Pelaipe conciliava o futebol com uma empresa de seguros de vida e previdência em Porto Alegre. Ao tomar a decisão de dedicar-se exclusivamente ao futebol, passou a gestão do negócio para a esposa. Virou um profissional da bola, bem remunerado – acertou com o Flamengo por um salário de aproximadamente R$ 100 mil. Sem arrependimento.

– Viajava pelo mundo e via uma tendência de profissionalização, que estava chegando o momento de surgir esse cargo no Brasil. Quando você é dirigente amador, não ganha nada, tem de dividir sua fonte de renda com o futebol, o que acaba prejudicando a família. Abri minha empresa de consultoria esportiva em dezembro de 2007 e, desde então, passei a sobreviver do futebol – explica Pelaipe, de 61 anos.

– Não sou sem-vergonha. Tenho caráter e o nome de minha família a zelar. Não admito que duvidem da minha idoneidade.

A vida no Rio de Janeiro ainda está se ajeitando. Até bem pouco tempo, o celular que estava usando era de Porto Alegre. Agora, já tem o prefixo 21. Tem passado este primeiro momento na Barra da Tijuca. Um gaúcho que gosta de papear, mas com o perfil centralizador. Gosta de estar por dentro de tudo o que acontece no clube no qual está trabalhando. Respira o Flamengo o dia todo. Por toda essa dedicação, não aceita trabalhar com jogadores que não estão envolvidos com a causa. Douglas, hoje no Corinthians, sofreu com isso na época de Grêmio.

– Meu dia no clube começa às 10h e geralmente dura 16 horas. Na parte da manhã, eu me envolvo com o que está acontecendo com o departamento de futebol. Tenho conversado muito com Sérgio Helt (supervisor), Zinho (diretor de futebol), Carlos Noval (diretor da base) e Carlos Brazil (coordenador da base). Depois disso, começo a fazer contatos com empresários, consultar quais jogadores estão com interesse em defender o Flamengo. Só depois abro meu e-mail, para ver os relatórios, a avaliação de cada atleta do elenco. Tenho de me inteirar de tudo – avisa.

– A palavra final nunca será minha, será do Wallim (vice de futebol) e da diretoria, mas sou a ponte entre o futebol e esses dirigentes.

Oficialmente, Pelaipe só assume a função no dia 2 de janeiro, quando a nova diretoria passará a comandar o clube de forma efetiva. Ele sabe que o desafio de recolocar o Flamengo nos trilhos é grande, mas em momento algum titubeou:

– Medo é uma palavra que não existe no meu vocabulário.

Quem é
Nome:
Paulo Roberto Jardim Pelaipe

Nascimento:
14/2/1951, em Porto Alegre (RS)

Carreira
Dirigente de futsal do Grêmio na década de 70. Passou pela base e foi diretor de futebol gremista. Foi gerente-geral do Fortaleza e consultor do Corinthians. Em 2011 voltou ao Grêmio, no cargo de executivo.


Com a palavra

Eduardo Moura
Correspondente do Diário LANCE! em Porto Alegre


Pelaipe sempre está na linha de frente
Acho que Paulo Pelaipe é um profissional de grande qualidade, já conhece bastante o mercado e sabe o que pode ou não no meio do futebol.

Uma característica forte dele é de estar sempre na linha de frente, sempre presente nos treinos, ao lado do treinador, além de valorizar bastante as categorias de base. Tem um bom relacionamento com a imprensa, mesmo sendo de lua, pois tem uma personalidade forte.

O trabalho dele no Grêmio foi bom, chegou por aqui em meados de 2011 e melhorou bastante o time. Contratou quase 20 jogadores e os que não batiam com filosofia dele não permaneceram na equipe.
Mas independentemente desse jeito meio turrão, ele tem boa percepção do mercado, além de conhecer muitos empresários.
Com a palavra

Júlio César Santos
Repórter da RBS TV, de Porto Alegre


É um homem de personalidade forte

Paulo Pelaipe é um homem de personalidade bem forte, é direto nos assuntos que tem que tratar e procura sempre manter um bom relacionamento com os profissionais da imprensa.

Ele gosta da rivalidade entre os clubes, é provocador e um pouco polêmico em certos momentos, mas é um ótimo dirigente. Trouxe para o Grêmio o Marcelo Moreno, Elano e Zé Roberto por ter muito conhecimento no mercado. Aqui no Sul, o Dorival e ele eram adversários, mas acredito que isso fique no passado, já que estarão no início de um novo projeto.

çO Pelaipe deve estar muito contente de poder trabalhar em um clube como o Flamengo, pois a saída do Paulo Odone da presidência do Grêmio foi fundamental para aceitar o convite de ir para o Rio.

1670 visitas - Fonte: Lance!


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