Jayme de Almeida concede entrevista coletiva no Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Clima de final de festa, treino fechado e pedido para evitar assunto na entrevista coletiva. A melancolia tomou conta do Flamengo na reta final da temporada 2015. Na manhã desta sexta-feira, o interino Jayme de Almeida comandou o penúltimo trabalho antes do jogo com o Palmeiras, domingo, no Maracanã, pela última rodada do Brasileirão. Antes de revelar ter apenas uma dúvida na escalação, entre Kayke e Everton, o comandante disse que não falaria sobre as críticas feitas ao time na semana passada, após a derrota ao Atlético-PR. Um indício de que o ambiente ainda não voltou à normalidade.
A imprensa teve acesso ao Ninho do Urubu por volta das 10h30 (de Brasília), uma hora e meia depois do começo da atividade. Foi possível ver apenas Jayme conversando com Kayke e Emerson Sheik e Guerrero, em recuperação de lesão no tornozelo esquerdo, correndo ao redor do gramado. Na conversa com os jornalistas, Jayme disse que deve manter a base do time. A escalação, portanto, não deve ser: Paulo Victor; Pará, Marcelo (Cesar Martins), Wallace e Jorge; Mrácio Araújo, Jajá, Alan Patrick, Gabriel e Kayke (Everton); Emerson.
- Minha dúvida é algo simples. Ter apenas mais velocidade no ataque, com muita movimentação. Para poder confundir o adversário. Não ter alguém fixo na frente. Não quero inventar nada. Ser o descobridor de algo. Só uma dúvida - comentou o treinador ao alegar quea escalação de Kayke ou de Everton muda o posicionamento de Shiek.
Emerson Sheik vai jogar. A dúvida é seu posicionamento. Pelo lado ou centralizado treino (Gilvan de Souza/Flamengo)
A sinceridade pautou a entrevista. Jayme disse que não queria falar sobre as críticas que fez ao time após o 3 a 0 diante do Furacão - alegou estar com vergonha da atuação e chegou a pedir desculpas aos torcedores. Ao ser questionado, respondeu:
- Não vou tocar nesse assunto. Está morto. A semana de trabalho foi boa. Isso é passado, não tem problema. Vamos jogar no domingo. Queremos ganhar. A motivação maior é respeitar a camisa que se veste, os companheiros, o adversário e o campeonato. Foi isso que tentei passar a eles. Nada cai do céu. Tem de trabalhar para ganhar. Foi isso que disse a eles durante a semana. Vamos tentar ganhar.
No cargo desde a saída de Oswaldo, Jayme reconheceu que a temporada rubro-negra não foi boa.
- O ano do Flamengo, mesmo eu não tendo começado, foi de oscilação. Deu pinta no Carioca, mas não chegou à final. Teve bons momentos no Brasileiro. É preciso de uma avaliação para a próxima temporada. Para não repetir os erros. Quando o Oswaldo chegou, ganhamos seis jogos seguidos. E depois caímos. É o mesmo grupo, gente. Não é só uma questão de ter jogador. É uma questão de trabalhar e manter a regularidade - analisou.
Em 12º lugar, com 49 pontos, o Fla apenas cumpre tabela no Brasileirão. Assim como o Palmeiras, recentemente o campeão da Copa do Brasil.
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