20/2/2016 16:38
Alvo da torcida e querido de técnicos, Márcio Araújo diz: "Tenho coisas boas"
Volante do Flamengo afirma entender que jogador está sujeito a críticas, mas enaltece regularidade ao longo dos anos e reconhecimento de companheiros
Márcio Araújo treinou na manhã deste sábado na Gávea (Foto: Gustavo Rotstein/GloboEsporte.com)
Quando era adolescente, no Maranhão, Márcio Araújo vibrava com Juan e Petkovic, alguns de seus ídolos de Flamengo. Mas como torcedor, também havia aqueles jogadores de quem gostava menos. Agora como atleta rubro-negro, o volante entende que a torcida tem os seus preferidos. No entanto, como profissional tem a certeza de que há alguns que passam longe do gosto popular, embora sejam vistos por treinadores e companheiros de equipe como de extrema importância dentro de campo.
É nisso que Márcio Araújo se apoia para seguir alheio às críticas e manter-se firme como titular do Flamengo. E não apenas em seu atual clube, mas naqueles pelos quais passou antes de chegar à Gávea. Números não faltam para comprovar sua regularidade. Pelo Atlético-MG foram 224 partidas sob o comando de técnicos como Tite, Levir Culpi e Marcelo Oliveira. Pelo Palmeiras disputou 252 jogos como nome certo de Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari e Muricy Ramalho, que ao reencontrá-lo no Rubro-Negro o manteve como homem de confiança no meio-campo.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, Márcio Araújo vê obediência tática e versatilidade como qualidades suas que agradaram a tantos treinadores ao longo dos anos. E garante não se abalar pela rejeição de parte da torcida do Flamengo, clube do qual se diz torcedor e, por isso, garante entender qualquer tipo de comportamento.
GloboEsporte.com - Como tem sido trabalhar novamente com Muricy Ramalho, agora no Flamengo? O que o treinador costuma passar para você?
Márcio Araújo - É um cara que já conhecia. Trabalhamos no Palmeiras logo que eu saí do Atlético, em 2010. Naquela época poderia renovar com o Atlético, mas decidi buscar novos ares, e o Muricy me ensinou bastante, me passou confiança. Foi uma ótima experiência, e espero ser mais uma vez feliz com o Muricy. No Palmeiras eu jogava mais como segundo volante. Aqui no Flamengo tenho sido mais um primeiro volante. Isso é bom para mim, porque mostra que evoluí. Mudei de posição e mantive a regularidade. Tem sido algo especial na minha carreira.
O ano de 2015 começou com concorrência no meio-campo, e você tem se mantido como titular.
Não trabalho pensando em nada que venha de fora. Prefiro me concentrar no meu trabalho. Quero sempre dar o melhor, independentemente da concorrência. Claro que existe uma ansiedade por saber o que vai acontecer durante o ano, mas o importante é demonstrar evolução todos os dias e brigar pela posição, sabendo que há jogadores de qualidade no elenco.
Apesar disso, a torcida ainda pega no seu pé em alguns momentos. Como lida com isso? Acredita que o fato de você ser torcedor do Flamengo lhe ajude a entender um pouco como a torcida reage nas partidas?
A torcida quer ver resultado. Quando você entra no campo tem que buscar o resultado e, aí sim, agradar o torcedor. Acho que nenhum atleta deve questionar torcida, porque a nossa razão está dentro do campo. É fazer o melhor e esperar que o time vá bem para que seja bom para todo mundo. Mas se questionar o torcedor e entrar em atrito a gente nunca vai ganhar, só perder. Até porque nós passamos e o clube continua. No geral é assim. O torcedor apoia mas quer ver resultado.
Costuma acompanhar o que falam sobre você?
Nunca fui de acompanhar nada. Não leio e não ouço, por isso não me afeta. Prefiro me apegar às coisas boas que tenho feito. E elas existem, por caso contrário eu não teria passado por Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo. Tenho coisas boas que vários treinadores viram. Então me apego mais a isso.
Em cima disso, quais são as qualidades que o Márcio Araújo mostra que agradaram a tantos treinadores ao longo dos anos?
É difícil falar de mim. Pode ser meu estilo, que não é só marcar, mas também sair para o jogo e surpreender o adversário. Não sou de cometer tantas faltas, faço mais antecipações e roubadas de bola. Um cara rápido, que faz o time jogar. Às vezes as pessoas não olham, e o torcedor não valoriza, mas consegui jogar nos clubes por essa versatilidade.
Incomoda o fato de jogadores da sua posição terem reconhecimento de treinadores mas não ser assim no que diz respeito aos torcedores?
Faz parte. Quem analisa o futebol, seja torcedor ou jornalista, sabe que não se faz um time só com atacantes. Existes posições específicas e funções a serem executadas. Os mais valorizados são os que fazem gols e dão assistências. Nunca reivindiquei isso para mim e não questionei, porque não faz parte de mim querer ser valorizado ou reconhecido. O maior reconhecimento para um jogador é estar dentro de campo, ser escolhido e jogar. Não tem prazer maior do que ser lembrado pelas pessoas. Claro que chega uma hora em que a gente quer ser reconhecido, mas o importante é você saber da sua importância para a equipe.
7400 visitas - Fonte: GE
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