Editorial: Maracanã é bom, mas improvisação não dá

15/4/2016 09:29

Editorial: Maracanã é bom, mas improvisação não dá

Forma amadora, improvisada e sem nenhum apreço dos cartolas com o torcedor e com os jogadores faz campeonato ter números de várzea em público e renda

Editorial: Maracanã é bom, mas improvisação não dá
Ferj recebeu sinalização de que poderá usar Maracanã nas finais do Carioca

O imbróglio da decisão do Carioca é o retrato melancólico de um campeonato que, da forma como é disputado, sequer deveria ter começado. Não é por acaso que os números são dignos de um torneio de várzea: 3 mil pagantes com uma arrecadação de R$ 125 mil por jogo, em média.

Só para se ter uma ideia, é a metade do público e da renda média do Paulistão. Sem contar que, em presença nos estádios, o Rio fica atrás dos campeonatos mineiro, paraibano e gaúcho, Copa do Nordeste e Primeira Liga.

É certo que o fechamento dos estádios da capital, por conta da Olimpíada, é fator determinante. Mas o que verdadeiramente explica esse fracasso é a forma amadora, improvisada e sem nenhum apreço dos cartolas com o torcedor e com os jogadores, obrigados a um excesso de viagens jamais visto. E inclui-se nisso, além de Rubinho e sua turma da Ferj, as diretorias dos clubes, cúmplices nas decisões danosas ao futebol do Rio. Só Flamengo e Fluminense, justiça seja feita, tentaram enfrentar a mão forte da federação.

É inaceitável, contudo, que só às vésperas das finais a discussão sobre o Maracanã tenha vindo à tona. Desde que o Rio virou sede dos Jogos, em 2009, já se sabia que o Maracanã e o Engenhão, incluídos no projeto olímpico da cidade, estariam fechados em 2016. Assim como o calendário do estadual foi aprovado no ano passado. Ou seja, não há motivo para que só agora se bata o martelo.

Nada explica, também, a mobilização tardia do prefeito Eduardo Paes, que com forte dose de demagogia age como intermediário entre a Federação e a Rio 2016 para reabrir o Maraca. Mobilização divulgada, coincidentemente, no mesmo dia em que Paes se vê às voltas com denúncias sobre favorecimento a empreiteiras Lava-Jato em mudanças do projeto do Parque Olímpico.

As chances de dar errado são grandes. Terá a Ferj, há anos incapaz de organizar um campeonato decente, capacidade de administrar um espetáculo com a complexidade que o Maracanã exige? Rubinho chamou os organizadores do show do Coldplay. Será a mesma coisa organizar um show e um clássico envolvendo torcidas rivais e a insegurança que isso gera? E, supondo que tudo dê certo, quem vai pagar a conta? Segundo o presidente da Ferj, se o orçamento estourar - o que é provável - os clubes podem ser chamados a bancar a diferença. Seria somente bizarro se não houvesse riscos de coisa pior.

Este LANCE! é repetitivo ao cobrar o fim do amadorismo no futebol brasileiro. Mas não se cansa de apelar: só quando tivermos uma estrutura profissional nas entidades e nos clubes, ligas independentes capazes de fazer um planejamento de longo prazo e, acima de tudo, tratar dos assuntos do futebol segundo a ótica do futebol, dos clubes e não dos interesses particulares e da gana de poder dos cartolas, um campeonato com média de 3 mil pagantes será coisa do passado.

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