Felipe Melo projetava parar de jogar em 2016.

Teria 34 anos e, segundo ele, em contato anterior com a reportagem, condições com “os números do Galatasaray de se aposentar daqui a quatro anos, sentar numa praia em Cancún e ficar vivendo sem problema nenhum”.

Os planos de Felipe agora mudaram. O contrato com o Galatasaray se encerrou e ele já considera até mesmo estender a carreira até os 38 anos. Só não sabe ainda com quem fechará na semana que vem, ao voltar de Porto Alegre e se sentar com o seu agente para definir o seu próximo clube.

Não será a Juventus. Mesmo vinculado ao time italiano, já chegou a um acordo com os seus dirigentes para seguir em outro lugar.

Uma das possibilidades é o Manchester City, conforme especulado nos últimos dias – o brasileiro seria uma indicação do chileno Manuel Pellegrini, que deve ser anunciado como novo treinador dos ingleses a qualquer momento.

“O Manchester City é um dos oito grandes clubes do mundo e tem a possibilidade de vencer a Champions League. Enfim, vamos ver o que vai acontecer”, afirma ao ESPN.com.br.

Felipe Melo não fala em disputar a Champions League. Fala em vencer. Faz parte do seu projeto para voltar à seleção brasileira até a Copa de 2014.

Qualquer decisão que o volante anunciar na semana que vem levará em conta, como ele faz questão de enfatizar, a seleção. Não passa por sua cabeça ficar de fora dos planos de Luiz Felipe Scolari.

“Com certeza. É o meu projeto. O que esse clube vai me oferecer, quais competições esse clube vai me possibilitar ganhar, uma Champions League ou uma Libertadores”, explica. “Acho difícil voltar ao Brasil devido às circunstâncias e aos altos valores que envolvem a Juventus e o Felipe Melo. Mas sem dúvida quero um clube europeu que me permita conquistar a Champions”, prossegue.

Esse talvez seja o último projeto de Felipe Melo antes de pendurar as chuteiras.

Prestes a completar 30 anos e com uma escolha difícil batendo à sua porta, ele resiste em falar a respeito, mas já pensa também no que pode vir a fazer após a aposentadoria.

Uma das alternativas que lhe agrada é a ideia de virar dirigente. Um dirigente mais ou menos com o mesmo perfil de Leonardo, que tentou assegurar o seu futebol em três momentos diferentes – no Milan, na Internazionale e no PSG.

O brasileiro é uma de suas inspirações. Outra é o italiano Pantaleo Corvino, responsável pelas contratações da Fiorentina.

“Trabalhei com o Corvino na Fiorentina. Um dirigente muito bom, gostei da forma como ele atua com os atletas, os contatos no mercado. E o Leonardo é um cara que faz sucesso e dispensa comentários”, diz.

Felipe Melo não cogita a ideia de virar cartola à toa. Já se prepara para isso. Não exatamente em cursos, mas através de jogos de computador como o Football Manager, que simula a administração de um clube de futebol em todos os seus sentidos.

“Perco horas com isso principalmente em viagens. Tenho uma boa visão quanto a atletas e essa experiência de jogar em diversos países também contribui. Eu penso, sim, em poder gerir um time, de repente ser um diretor, um manager”, revela.

Se nada disso der certo, outra opção é virar comentarista, conforme sugerido durante a sua participação no programa Bate Bola 2, da ESPN Brasil, nesta quarta-feira. ‘Fanático’ por futebol na TV, ele não descarta totalmente a ideia.