Na sexta-feira o processo judicial que decretou o rompimento entre Ronaldinho Gaúcho e Flamengo completa um ano. Quatro dias depois do polêmico divórcio, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, anunciaria a contratação do atual camisa 49 do time comandado por Cuca. Inicialmente contestada pelos torcedores mineiros, hoje a contratação tem seu sucesso festejado pelo dirigente, que viu a atitude do Rubro-negro carioca na época como um desrespeito ao jogador.

“O que o Ronaldinho passou foi uma sacanagem absoluta. Foi desumano. Ele cometeu os erros dele? Sim, cometeu. Só que o preço que a mídia nacional estava cobrando dele achei extremamente exagerado. E vindo do que estavam fazendo também no clube em que ele jogava naquela época”, disse Alexandre Kalil no Arena SporTV.

Para Kalil, a postura crítica da imprensa em relação aos deslizes do jogador se deu por medo de desagradar a torcida do Flamengo, a maior do Brasil. O dirigente acredita que expor os erros do jogador foi o caminho mais fácil à época.

“Se falar mal da instituição, o pau come em quem está falando. Então é muito melhor massacrar o jogador e preservar a desordem. Isso é muito mais fácil. Então foram pelo caminho mais fácil: escrachar o Ronaldo e deixar o Flamengo como estava. Isso foi um absurdo, do meu ponto de vista”, complementou.

O dirigente também revelou detalhes da negociação relâmpago que levou Ronaldinho para o Atlético-MG. Segundo Kalil, a sua principal promessa ao jogador foi de pagar os salários em dia, justamente a principal reclamação do meia enquanto esteve no Flamengo.

“Quando eu conversei com ele, falei: 'Olha, você tem que mostrar que você não é o que estão falando. Eu não tenho para te dar o salário que fingiam que te pagavam, mas um salário que vou pagar. Vou ter dar condição de trabalho”, encerrou Kalil.