Papo de velho... Mas que Fla-Flu em tempos idos tinha mais garbo, lá isso tinha. E podia ser qualquer um, mesmo uma quarta rodada de Campeonato Estadual do Rio de Janeiro (naquela época nem merecia ser chamado de Carioqueta). Não se falava em outra coisa na semana do jogo. A própria cidade parecia amanhecer diferente no grande dia... Tá... Isso pode ser Delírio Senil Subjetivo. Eh, eh, eh...

Mas tanto faz... Fla-Flu sempre será Fla-Flu. Mesmo que os 200.000 do público de outrora tenham sofrido a drástica redução que propaga orgulhosas heresias do tipo "Mais de 15 mil ingressos já vendidos para o Clássico", mesmo que o Maracanã tenha sido substituído pelo Raulino de Oliveira, mesmo que o fluminenCe tenha virado uma equipe fantasma, que vagueia arrastando pesadas correntes do passado, em divisões do futebol as quais não pertence de direito.

Pro de hoje chegamos até com certo charme de tabela. Nós na emocionante perseguição ao Palmeiras, e o lado de lá reanimado após o G4 da Liberta virar G6.

Sem Guerrero, com uma suspeita lesão, após ter participado de dois jogos inteiros sem ter sido substituído pela Seleção Peruana, e sem Vizeu, que foi dar uma moral pra Amarelinha da Sub-Sei Lá Quanto, Damião será o maior responsável por estufar as redes rivais e acabar com nosso jejum de 6 clássicos sem vitórias. Muralha volta ao gol após animado rolezinho com a Seleção do Tite, o New Brazil. Além do já batido "cada jogo é uma decisão", seria mesmo de bom tom ganhar, já que o próximo embate é contra um acuado e desesperado Internacional, que segue sua Via Crúcis tentando escapar da Zona da Degola.

Do lado de lá teve treino nas Laranjeiras com festa e arquibancada apoiando. Teve também a sábia decisão (ou imposição, sei lá) de fazer a arquibancada 50/50, da qual serei eterno defensor em clássicos estaduais. A barbárie 90/10 é só uma fase anterior ao execrável Jogo de Torcida Única. Espero mesmo que a diretoria não seja vingativa contra o Botafogo, mesmo porque jamais em tempo algum o treco seria realmente 50/50, já que falta gente do outro lado. O ruim é que perde-se dinheiro com os espaços em branco (no caso do Maraca amarelos e verdes) do lado deles. Saudade do tempo pré raio fifetizador, quando isso era decidido de forma prática e justa, com o cordão de isolamento da polícia ampliando aos poucos o espaço da Nação no Maraca, sob os gritos ensandecidos e orgulhosos da massa... "Uh... UH...'vamo' 'invadí' ".

Ainda sobre torcidas e estádios. A diretoria ficou indignada com a decisão da CBF de não poder vender mando nas últimas cinco rodadas. Claro que o faniquito nem é por conta da partida contra o Praticamente Rebaixado América. É mais por motivos religiosos mesmo. Na Bíblia Azul Versão Excel tá lá: "Negociarás mandos de campo sem limites, não importando pra onde e contra quem". Smurfs 6, versículo 6. Ahahahaha... Ando até em lua-de-mel com os Blues, mas uma implicância de leve não há de fazer diferença. Só pra não perder o costume. Mesmo porque... Muito se fala sobre "PLANEJAMENTO", e o financeiro tá impecável, mas me convencer que Zé Ricardo, Vaz, Réver, Pará e seus desempenhos soberbos faziam parte dos planos para 2016 desde o início é pedir demais. Mas tudo bem. Dirigente é que nem goleiro. Tem que ter competência, mas também tem que ter sorte.

No mais... Olho em Minas. Se por um lado o "Vai Cruzeiro... Vai Cruzeiro" deu uma respirada e entra na rodada, fora de casa contra os Porquinhos, sabendo que não volta pro Z4 nela, do outro lado o Galo, há apenas quatro pontos de distância do Flamengo enfrenta, ou provavelmente atropela, o América Mineiro.

Esse é o cenário. E tanto faz. Quando a bola rolar nove da noite tudo ficará maior. O Raulino, o público, as emoções. E isso independe da situação . É Fla-Flu. E isso será eterno... Pelo menos enquanto durar.

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