De um lado, um time 100% e titular. Do outro, uma equipe reserva. Em um clássico em que era claro favorito, o Flamengo confirmou esta condição e venceu o Botafogo por 2 a 1 no Engenhão, neste domingo, pela quarta rodada da Taça Guanabara.


Com o resultado, o time rubro-negro vai a 12 pontos, aparece na primeira posição do grupo A e já está garantido na semifinal, assim como o Madureira, que tem dez pontos. O Botafogo, por sua vez, fica estacionado nos quatro pontos e está fora da briga pelo título da primeira metade do Estadual.

Para o clássico, o Flamengo foi com seus titulares, que tiveram o domínio e produziram mais durante a maior parte do jogo diante de um Botafogo preocupado com a Libertadores e que atuou com uma formação alternativa. Dos atletas que transitam entre os titulares, apenas Bruno Silva e Rodrigo Lindoso começaram o clássico.

Por falar em começar o clássico, isso poderia não ter acontecido na noite deste domingo por conta da falta de segurança em meio a uma paralisação da Polícia Militar. Perto do estádio, houve uma confusão entre torcedores e um torcedor acabou morrendo.

Pela próxima e última rodada da Taça Guanabara, o Flamengo receberá o Madureira no domingo, às 17h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Botafogo visitará o Boavista.

Antes, porém, as duas equipes terão compromissos por outras competições. Na quarta, os alvinegros jogarão em casa contra o Olímpia-PAR, às 21h45, pela ida da última fase eliminatória da Libertadores. Um dia depois, os rubro-negros irão duelar em casa com o América-MG, às 21h30, pela Primeira Liga.

Sem querer também vale!
O Flamengo começou muito melhor em campo e assustou o adversário em finalizações de Willian Arão e Diego, que foram para fora, já nos primeiros 15 minutos de jogo. Com o passar do tempo, o time rubro-negro podia até não criar tantas chances, mas seguia produzindo mais do que o adversário.

Quando chegou com perigo, marcou. Aos 35min, Diego dominou na esquerda, levantou com a direita, e Guerrero cabeceou na própria perna antes de a bola entrar. Foi o quinto gol do peruano em cinco jogos oficiais em 2017.

Polêmica
Logo depois do gol, Everton exigiu boa defesa de Helton Leite. Parecia que vinha mais por aí. E viria, só que do outro lado e com polêmica. Aos 39min, Dudu Cearense fez o passe, e o assistente levantou a bandeira cedo demais para marcar impedimento de Roger, mas o atacante não foi na bola e Guilherme acabou com a posse. O árbitro mandou o jogo seguir, e Guilherme cruzou na cabeça de Roger, que estufou a rede, para a reclamação dos flamenguistas.

Everton resolve
Na etapa final, o jogo sofreu uma queda no ritmo, mas isso não impediu que o Flamengo voltasse a ficar à frente no marcador aos 20min. Após cobrança de escanteio na área, Rafael Vaz aproveitou sobra, deu de bicicleta, Berrío desviou de calcanhar e Everton completou para o alvo.

Depois do gol, o jogo seguiu sem empolgar, mas o Botafogo assustaria mais duas vezes. Aos 31min, quando Leandrinho aproveitou cruzamento de Vinicius Tanque e concluiu no travessão. Alex Muralha ainda desviou a bola no lance, evitando o gol.

Nos acréscimos, o mesmo Leandrinho acertaria novamente o travessão com um cabeceio.

FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 1 X 2 FLAMENGO

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 12 de fevereiro de 2017, domingo
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Assistentes: Silbert Faria Sisquim (RJ) e Michael Correia (RJ)
Cartões amarelos: Roger, Marcinho e João Paulo (Botafogo); Everton, Pará e Gabriel (Flamengo)
Gols: BOTAFOGO: Roger, aos 39 minutos do primeiro tempo
FLAMENGO: Guerrero, aos 35 minutos do primeiro tempo, e Everton, aos 20 minutos do segundo tempo

BOTAFOGO: Helton Leite, Marcinho, Igor Rabello, Renan Fonseca e Gilson; Matheus Fernandes, Dudu Cearense ( Bruno Silva), Rodrigo Lindoso (Leandrinho) e João Paulo; Guilherme e Roger (Vinicius Tanque). Técnico: Jair Ventura

FLAMENGO: Alex Muralha, Pará, Réver, Rafael Vaz e Miguel Trauco (Rodinei); Rômulo, Willian Arão, Diego, Mancuello (Berrio) e Everton; Paolo Guerrero (Gabriel). Técnico: Zé Ricardo