Olivinha teve mais uma "jornada dupla" com a camisa do Flamengo. Diante do Vasco, neste sábado, no clássico em Manaus pelo NBB, o pivô terminou o jogo com 16 pontos e 11 rebotes, atingindo seu 14º duplo-duplo na atual temporada em 23 jogos. Homem de garrafão do Rubro-Negro, ele teve presença fundamental para a vitória por 94 a 86. Reboteiro da partida, conseguiu dar segundas chances ao ataque do Flamengo com sete rebotes ofensivos, e cumpriu o pedido dos torcedores que nas suas redes sociais o bombardeavam com pedidos de vitória no Clássico dos Milhões, mesmo semanas antes do encontro.

- O Vasco é o nosso maior rival. Isso vem desde os campos, agora dentro de quadra. A nossa torcida cobra bastante. Nas redes sociais estou sempre recebendo mensagem: "Vamos ganhar do Vasco, vamos ganhar". Então, estamos na liderança desde o início do campeonato praticamente, e não importa se o próximo jogo é contra o Brasília, o Pinheiros, a torcida fala que quer ganhar do Vasco. Esse jogo é especial para jogadores e torcida. Deu tudo certo, conseguimos vencer e agora a torcida está feliz como estamos - lembra Olivinha.

Durante o jogo, após mais uma cesta, Olivinha ergueu os braços e regeu a torcida. Ao fim do duelo, foi ele quem puxou o coro com os cânticos do rubro-negro no sistema de som da arena. A sinergia com os flamenguistas é especial e o jogador diz que não há sensação melhor do que ganhar um clássico, ainda mais como desta vez, com as duas torcidas presentes.

- Melhor sensação possível. Desde que falaram que viríamos para Manaus, que seria com as duas torcidas, estava ansioso. Gosto muito desse tipo de jogo. Tudo que esperávamos aconteceu. As duas torcidas compareceram, a nossa em maior número, e foi fundamental para a nossa vitória. Então, aquele grito ali no final foi do fundo do meu coração. A última partida perdemos por um ponto. Agora saímos com a vitória. Desengasgou aquele grito que estava na garganta do último jogo - conta.

Para o técnico José Neto, é preciso tirar um pouco o peso do clássico, já que a vitória tem o mesmo valor de um jogo normal. Ele ressalta, porém, a importância de tratar esse confronto como uma final, o que é a cara dos playoffs do NBB.

- Eu tenho certeza que não muda a cabeça porque os jogadores estão cientes de que não estão aqui para ganhar uma partida de um adversário. Entramos para ganhar o campeonato, então esse era o foco. A vitória era importante, tinha o atrativo do clássico, mas é claro que é mais pela manutenção da liderança. Agora não podemos relaxar só porque ganhamos uma partida importante. É isso que acontece no playoff: cada partida é uma final. Então se encararmos assim acho que vamos bem - explica José Neto, técnico do Flamengo.

Máquina de duplos-duplos rubro-negra

Vivendo talvez a sua melhor temporada no Flamengo, Olivinha é presença garantida no Jogo das Estrelas do Novo Basquete Brasil, no próximo dia 19, no Ibirapuera, em São Paulo. Lá, vai tentar repetir as atuações que o colocam entre os principais nomes do atual torneio. Contra o Vasco, conseguiu 16 pontos e 11 rebotes, sendo sete deles ofensivos. O 14º duplo-duplo o deixa feliz e ele espera que outros mais venham, para o bem do Flamengo.

- Isso para mim é o que sei fazer de melhor. Pegar rebote. Os pontos chegam naturalmente, o Marquinhos é um pai para mim, me coloca nas bolas, o Marcelinho. Todos tentam me colocar na melhor situação para pontuar. Mas o rebote é a minha responsabilidade no time. O Neto me cobra isso. Tento fazer. É a minha característica, sempre foi, não vou mudar isso agora. Que até o fim do campeonato ainda tenha muitos duplos-duplos e que o Flamengo busque coisas maiores no campeonato.