Quem viu Victor Cáceres na ponta esquerda no lance que originou o primeiro gol do Flamengo contra o Coritiba, sábado, em Brasília, pode ter imaginado uma posição muito avançada para um volante de contenção. Entretanto, tenha certeza: Elias estava lá atrás fazendo o papel defensivo. De volta ao time titular com Mano Menezes, o paraguaio tem se soltado mais do que de costume. Uma situação que vem muito do entrosamento com o companheiro de posição. Entrosamento que passa muito pelo olhar.

Segundo Cáceres, não é preciso pedir que Elias faça sua cobertura em investidas ao ataque. Basta o olho no olho para que o camisa 8 faça a composição defensiva e dê liberdade para que o paraguaio seja o elemento surpresa do Flamengo.

- Já nos entendemos muito melhor. Só olho e ele já fica (na defesa), ele me olha e eu fico. Logicamente, eu tenho a responsabilidade de ficar muito mais, mas se tiver que subir ele fica na marcação e faz bem o trabalho.

A liberdade ofensiva fez não somente com que Cáceres participasse do primeiro gol como também marcasse de cabeça o segundo gol do Fla. A evolução pessoal, no entanto, não satisfaz o volante, que ainda lamenta o tropeço contra o Coxa.

- Ainda não absorvemos (o empate). Ficamos muito tristes, o vestiário após o jogo era um ambiente muito ruim, pesado. O empate doeu muito, tínhamos 2 a 0, e a vitória escapou pelas mãos. Mas somos profissionais, adultos, e não podemos lamentar. Quarta tem jogo e temos que vencer.

Ainda em negociação com o consórcio Maracanã, o Flamengo permanece em Brasília até a próxima terça-feira, quando segue para Alagoas para o confronto como ASA-AL, pela Copa do Brasil. Na quinta, a delegação retorna para capital federal para partida com o Vasco, domingo que vem.