Fazer um gol da marca do pênalti. Uma missão até certo ponto simples, mas que tem sido problema para o Flamengo recentemente. A cobrança de Marcelo Moreno no empate por 2 a 2 com o Coritiba, sábado, em Brasília, foi a terceira desperdiçada de maneira consecutiva pelo Rubro-Negro. E com jogadores diferentes. Antes, Renato Abreu, contra a Ponte Preta, e Léo Moura, em amistoso com o São Paulo, também já tinham falhado. Diante disso, parte do elenco fez "hora extra" nesta segunda-feira e aprimorou a pontaria em tiros a 11 metros do gol no treinamento da manhã.

Curiosamente, Léo Moura e Moreno não faziam parte do grupo, que contou com Adryan, Val, João Paulo, Gabriel, Nixon, Hernane, Carlos Eduardo, Rafinha e Paulinho. O aproveitamento foi bom, com destaque para Gabriel, o último a deixar o gramado. Os erros em sequência fizeram com que o posto de cobrador oficial ficasse aberto. Questionado, Léo Moura disse que, antes do jogo com o Coxa, Mano Menezes determinou que seria o atacante boliviano o responsável. Independentemente do escolhido, porém, o capitão pediu confiança nas próximas oportunidades.

- Antes do jogo, o Mano tinha me falado que se tivesse um pênalti ia pedir para o Moreno bater. Estamos supertranquilos, treinamos. Quem estiver confiante em campo, vai bater. O importante é estar pronto. O goleiro treina para pegar e, nós, para fazer. Temos que chegar ali com confiança para fazer.

Em 2013, o Flamengo teve quatro pênaltis marcados a seu favor e converteu apenas o primeiro, com Renato Abreu, diante do Fluminense. O rendimento abaixo das expectativas, porém, não é novidade. Das últimas 10 cobranças, apenas cinco se transformaram em gol (veja quadro abaixo). A estatística é ainda mais decepcionante se contados os últimos sete: só duas vezes a bola balançou a rede.

Quarta-feira, contra o ASA de Arapiraca, em Alagoas, pela terceira fase da Copa do Brasil, o time pode ter a oportunidade de encerrar o jejum. Fica a dúvida, entretanto, sobre quem será o encarregado da vez.