Apesar de ter uma renda excepcional no domingo, diante do Coritiba, o Flamengo viu abatido o seu lucro por conta de, entre outras despesas, pagar o aluguel mais alto do Brasil no Estádio Mané Garrincha. E esse valor vai subir mais. O clube deu 13% da renda para o Governo do Distrito Federal, percentual que vai subir para 15% a partir do sexto jogo na arena.
Foram destinados R$ 351.656 para o aluguel do campo, da renda total de R$ 2,7 milhões. Em números absolutos, esse é o montante mais alto pago por um time por concessão de um estádio neste Brasileiro até agora. Percentualmente, há outros aluguéis mais caros, como na Arena Pernambuco.

Outra alta despesa no caso rubro-negro foram os 15% mordidos pelas federação do Rio de Janeiro e de Brasília. Resultado final: o clube rubro-negro ficou com pouco mais da metade da sua renda: R$ 1,370 milhão.

O aluguel alto pago pelo Flamengo foi determinado por um decreto do Distrito Federal assinado no final do mês passado. Pelas novas regras, além dos percentuais sobre a renda, o time carioca também terá de pagar pelo custo de energia elétrica a partir do sexto jogo. Não há estimativa de qual será esse montante.

Antes desse decreto, o aluguel do Mané Garrincha custava apenas R$ 4 mil. Foi o que pagou a empresa Aoxy para organizar o Santos e Flamengo, pela rodada inicial do Brasileiro. Na época, o GDF abriu mão do aluguel com a alegação de que era um evento-teste, e deu o dinheiro à federação brasiliense.

A majoração da permuta da arena na capital nacional também se explica pelo custo de sua construção: foram R$ 1,2 bilhões. Nem se sabe ainda o gasto de manutenção mensal dele. O governo da capital só espera ter esse número após a realização de algumas partidas.

O Flamengo tem mais dois jogos marcados no Mané Garrincha, Asa de Arapiraca e Vasco, e há negociação para atuar por mais seis vezes já que não houve acordo em relação ao uso do Maracanã até agora. O blog tentou ouvir a diretoria do time rubro-negro, sem sucesso.