A interdição do Engenhão por problemas na cobertura até 2015 e a demora nos acertos com o Consórcio Maracanã S. A. (Fluminense e Flamengo assinaram somente na última semana para atuar no estádio) deixaram a dupla e o Botafogo com necessidade de buscar casas fora do Rio de Janeiro. Apenas pelo Brasileiro e Copa do Brasil as equipes percorreram mais de 18 mil quilômetros, quase o equivalente a meia volta ao mundo. Um giro completo pelo globo pela Linha do Equador mede 40 mil quilômetros.

Mesmo feitas por necessidade, as viagens não têm agradado aos jogadores cariocas. Insatisfeitos com o tempo fora de casa e os constantes deslocamentos, alguns atletas manifestaram publicamente posição contrária à situação. O mais exaltado deles foi o goleiro Felipe, do Flamengo, que chegou a soltar palavrões em sua conta no Facebook ao saber da realização de uma partida no Mané Garrincha, em Brasília, a 1.148 km do Rio de Janeiro.

"Partiu 15 dias viajando pqp, essa porra desse rio de janeiro sem estadio ta f... kkkk é melhor me mudar pra Brasília pois o flamengo vai mandar os jogos la kct ! (sic)", disse o jogador em seu perfil.

A insatisfação pesou na política dos clubes para a definição dos próximos compromissos. O Flamengo voltou atrás em uma das partidas que ainda mandará em Brasília e escolheu Volta Redonda para receber o ASA-AL pela Copa do Brasil. Já o Botafogo optou por superar mal-estar com o Vasco para enfrentar o Náutico em São Januário, pelo Brasileiro. Enquanto isso, o Fluminense será o primeiro a mandar uma partida no Maracanã, no dia 21, contra o Cruzmaltino.