Foto: GIlvan de Souza

É muito difícil fazer gol no Flamengo hoje. Seis gols sofridos, segunda melhor defesa e com nomes que variam bastante nas posições. Este é o time armado por Mauricio Barbieri, que mexe no miolo, mexe no meio campo, continua forte e praticamente intransponível. Neste domingo, contra o Corinthians, mais uma vez a zaga saiu limpa de campo e ajudou o time a conquistar mais uma vitória. Nos últimos dez jogos, foram várias alterações no sistema defensivo, mas um nome ali no meio continua: Léo Duarte. O jovem Garoto do Ninho de 21 anos vem se firmando na posição de quarto zagueiro, alternando a dupla de zaga com Réver, Juan e Rhodolfo. E com muita experiência, tranquilidade e personalidade.



Contra o Corinthians, foram cinco desarmes e apenas duas faltas. Léo também se lançou ao ataque, com boas tabelas e quase fez o gol em cabeçadas, mostrando a força do jogo aéreo rubro-negro. Tudo fruto de confiança e tempo em campo.

"Eu estou me sentindo confiante. A diferença é notável dos primeiros jogos para agora e vou evoluir mais ainda. Fiquei que dois anos sem atuar e isso acaba enferrujando. Mas, aos poucos, vou me soltando mais", disse o zagueiro após a vitória que manteve o Flamengo na liderança do Campeonato Brasileiro, com 20 pontos.

Dos 10 jogos, três foram com Juan, Réver e Rhodolfo, além de Thuler, no jogo contra o Atlético Mineiro. Apenas uma derrota, contra a Chapecoense, e quatro gols sofridos. Léo só não começou jogando contra o Emelec, quando entrou no lugar de Juan. Com tanta experiência do lado, o zagueiro aproveita para tirar as melhores lições e não esconde isso.



"Eu converso muito com os três. É muito papo com eles. Jogar ao lado desses caras não é muito difícil. Eles conhecem os atalhos, sabem onde ir. Está sendo uma experiência muito boa para mim e estou aprendendo bastante", comentou.

Quem observa tudo muito bem é o goleiro Diego Alves. O camisa 1 elogia a consistência da defesa, que não vem apenas da linha de trás, mas tem muito do trabalho do pessoal no meio campo.

"Isso vai muito do trabalho tático feito pelo Mauricio Barbieri, que deixa muito claro o que cada jogador tem que fazer. Por isso, cada um de nós consegue render em um nível muito alto. O time está mais compacto, com os meias sabendo o que tem que fazer. Ganhamos uma consistência com os jogos e a confiança vai aumentando também", disse Diego Alves, que foi só elogios para o companheiro mais jovem, mas não quer saber de "conversa leve por conta da idade".

"Independentemente da idade, os jogadores precisam ser tratados da maneira correta. A gente sabe que pode ter um nervosismo e estamos lá para dar segurança. Mas são meninos que trabalham muito bem. Temos uma idade alta, como o Juan, que é o mais experiente, e temos os novos que chegam agora. Mas todos podem absorver bastante e ajudar o time a todo momento", concluiu o goleiro.

O Flamengo volta a campo na próxima quinta-feira, contra o Fluminense, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, às 20h.