Na festa do ingresso caro, Maracanã não lota, mas agrada aos torcedores

29/7/2013 15:03

Na festa do ingresso caro, Maracanã não lota, mas agrada aos torcedores

Longas filas pouco antes de a bola rolar e entradas mais baratas a R$ 100 são pontos negativos na volta de Flamengo e Botafogo ao estádio

Na festa do ingresso caro, Maracanã não lota, mas agrada aos torcedores
A operação no Maracanã para o clássico entre Flamengo e Botafogo - que terminou empatado por 1 a 1 - não apresentou grandes problemas, como ocorrera também no confronto entre Vasco e Fluminense, na semana passada, mas passou perto. Não seria exagero para quem circulava perto da estátua do Bellini por volta das 18h, meia-hora antes do início da partida, temer uma confusão por conta do tamanho das filas para a entrada no estádio - chegavam até a Rua Professor Eurico Rabelo. A organização, contudo, conseguiu dar agilidade ao processo. O "preço" foi a revista dos torcedores que passou a ser feita de forma bastante rápida e sem detectores de metal, com policiais apenas apalpando os bolsos de quem entrava, como ocorria no antigo Maracanã.

Um dos torcedores que reclamavam da falta de organização na entrada era Ricardo Machado, fisioterapeuta do basquete do Flamengo e irmão do jogador Marcelinho. Ao chegar ao Maracanã, se assustou com as filas e se revoltou pelo fato de não haver uma entrada separada para quem comprou ingressos para os setores mais caros. Pagou, no seu VIP, R$ 220, e ouviu de orientador que aquela fila que o assustava era a que deveria encarar.

- Achei que comprando ingresso para o setor VIP teria uma entrada privilegiada, mas não tem. Colocaram tudo junto, achei que seria como no Engenhão. Não foi para isso que paguei mais caro. A gente espera mais organização nessa entrada. Venho aqui desde 1981, sou Flamengo, quero estar aqui.

Antes da partida, na Rua Professor Eurico Rabelo, houve um protesto contra a "elitização" do Maracanã. Torcedores alvinegros e rubro-negros, vestidos com camisas dos seus respectivos clubes e paletós, estouraram champagne e gritaram contra políticos e empresários envolvidos na privatização do estádio. Cartazes bem-humorados pontuaram a manifestação pacífica: "Silêncio: jogadores em campo", dizia um deles.
Outra questão que chamou atenção foi o número de pessoas sem ingresso no entorno do Maracanã, entre peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e torcedores que aguardavam a chance do "jeitinho", como membros de uma organizada do Flamengo que permaneceram em frente ao acesso E até o início da partida, dialogando com os policiais na esperança de conseguir um lugar no estádio. Não aconteceu. A reclamação unânime era o preço dos ingressos. O mais barato custava R$ 100.
- A gente é pobre, mas sempre veio ver o Flamengo. Eu não tenho condição de pagar R$ 100 e agora não posso mais ver o meu time jogar - argumentava um dos membros da organizada com os policiais que faziam a escolta do grupo que entrou no estádio.

As bilheterias estavam abertas, vendendo entradas até o fim do primeiro tempo, mas não houve grande aglomeração ou confusão.

Porém, não era difícil notar a presença numerosa de cambistas próximos às bilheterias e aos policiais, agindo com total liberdade. Somente dois deles foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), um portando dois ingressos falsos. Dois brigões de uma organizada rubro-negra também foram para a delegacia no estádio. De acordo com o tenente-coronel João Fiorentini, comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), houve uma briga entre dissidências da mesma facção e a polícia usou spray de pimenta para encerrar o tumulto, que ocorreu antes da partida, próximo ao acesso E, por onde entram as organizadas do Flamengo.

O Jecrim ainda registrou uma ocorrência de dois torcedores que compraram ingresso e não conseguiram ficar no lugar marcado no bilhete. De acordo com Fiorentini, eles foram levados para sentar em um setor diferente, pois não havia lugar para sentar no local onde estava impresso no ingresso e, em vez de assistir ao jogo, preferiram prestar queixa. No interior do estádio, de fato não houve assentos marcados, pelo menos nos setores norte e sul e setores centrais superiores. Nos setores norte e sul, a maioria assistiu à partida em pé, repetindo as aglomerações nos acessos, mas nada que chegasse a criar problema para a segurança. A empresa que administra o Maracanã informou que não houve danos a assentos e à estrutura do estádio.

Música eletrônica no intervalo

Filas se formaram no intervalo do jogo nos bares, mas as que foram observadas pela reportagem não apresentaram problemas e a maior parte dos torcedores foi atendida antes do início do segundo tempo. Os banheiros também estavam em boas condições.

Durante o jogo, mais uma vez o placar nos telões só era exibido quando a bola parava por um período mais longo. No intervalo, as caixas de som lançaram músicas eletrônicas (drum'n'bass), deixando de lado ritmos mais populares e comuns no meio do futebol.
Nas arquibancadas, novamente as áreas centrais inferiores, as mais caras do estádio à exceção dos camarotes, continuaram com mais lugares vazios do que ocupados, em ambos os lados - com número um pouco maior de torcedores em relação ao clássico entre Fluminense e Vasco. Muitos camarotes também não foram utilizados.

Os níveis superiores foram praticamente tomados por rubro-negros, enquanto que o setor alvinegro da arquibancada, especialmente o inferior, atrás do gol, não teve sua lotação nem perto de ser esgotada. O público total foi de 52.361 torcedores, mas apenas 38.853 pagaram ingresso. Foram divulgadas 7.989 gratuidades e 4.961 bilhetes para proprietários de cadeiras perpétuas.

Também foi notado atraso na interdição de vias, previsto para começar às 15h30. Enquanto os portões do estádio foram abertos pontualmente nesse horário, as ruas do entorno, como a Eurico Rabelo, só foram fechadas cerca de uma hora depois. Segundo o tenente-coronel Fiorentini, não houve problemas na saída dos torcedores.

1075 visitas - Fonte: Globo Esporte


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