A reclamação dos sócios do Flamengo fez efeito e o clube resolveu mudar sua política de venda de ingressos na sede da Gávea. Após polêmica nas últimas semanas, a diretoria cedeu à pressão nos bastidores da Gávea e retomou os benefícios a associados que não fazem parte do programa sócio-torcedor na comercialização de entradas para os jogos do rubro-negro.

Desde o lançamento do programa “Nação Rubro-Negra”, em março, os sócios beneméritos, remidos, contribuintes, patrimoniais e dependentes tinham perdido seus benefícios. Apenas os sócios-torcedores conseguiam comprar ingressos em postos de vendas exclusivos e antes mesmo da comercialização para o grande público ser aberta.

A diretoria do presidente Eduardo Bandeira de Mello começa a perder parte do apoio interno no Flamengo. Ainda que de maneira discreta, sócios e conselheiros questionam o mandatário e seu grupo político por conta de problemas na venda de ingressos para associados que não fazem parte do programa de sócio-torcedor e da falta de esclarecimentos sobre o contrato firmado com o Maracanã (leia esta matéria completa no UOL Esporte)
O fato incomodou a maior parte dos associados. E como é justamente essa fatia de sócios que vota nas eleições e define o futuro do clube, além de parte deste grupo pertencer ao Conselho Deliberativo, a diretoria recuou na decisão.

E a medida já é válida para o jogo do próximo domingo, contra o Atlético-MG, em Brasília. Associados que não fazem parte do programa de sócio-torcedor tiveram a oportunidade de comprar ingressos em guichês exclusivos da Gávea, evitando longas filas, e antes mesmo da venda ser aberta o público.

Mensalidades mais caras

Porém, nem tudo foi motivo de comemoração para o sócio do Flamengo nos últimos dias. Alegando “um déficit inaceitável, uma prestação de serviços aos sócios que deixava muito a desejar e um foco maior no aumento da receita da sede social”, a diretoria aumentou as mensalidades, além de cobrar agora uma taxa de R$ 10 para cada dependente de associado.