O Flamengo passou longe de estar em seus melhores dias, sob o comando de Jorge Jesus, na noite da última quarta-feira. O Vasco, um dos adversários que melhor soube explorar deficiências do Rubro-Negro recentemente, arrancou um empate (4 a 4) nos acréscimos, fazendo com que o técnico português fosse questionado a respeito dos erros em profusão.
Além de abordar as falhas nas transições defensivas (reposicionamento do sistema, sem a bola), Jesus respondeu se o fator ansiedade, visando a decisão da Libertadores, pode ter pesado no Clássico dos Milhões. O Mister enxerga com naturalidade a condição emocional de seus atletas, citando a principal lição a ser tirada: não perder o equilíbrio para que os deveres táticos não sejam afetados.
- Jogadores são humanos, têm sonhos, ansiedades... Portanto, cabe a mim fazer com que seja uma equipe mais racional do que emotiva. Hoje perdemos um pouco do equilíbrio emocional e tático. É isso que um treinador tem que sentir e passar para seus atletas. Quando se está em um clube que em 25 ganhou só um campeonato (Brasileiro de 2009), não está acostumado a ganhar. Portanto, quando não está habituado, se desconfia de tudo. E não é isso que vai acontecer com os meus jogadores. Tenho certeza - disse Jesus.
O treinador também acredita que o seu time não soube se "reorganizar rapidamente" quando a posse da bola era perdida.
- Em como treinador tenho preocupações e vamos tentar corrigir a equipe defensivamente. Mas o setor ofensivo do Flamengo faz com que os adversários errem. O Vasco fez que a nossa defesa errasse mais do que o habitual. Vou analisar. Mas o futebol tem que ser valorizado. Nossa equipe, quando perde a bola, sabe se reorganizar rapidamente. E hoje não soubemos nos reorganizar rapidamente. E isso foi um dos motivos por termos sofridos quatro gols - comentou.
Para o jogo contra o Grêmio, é provável que a maioria da equipe seja formada por reservas, que certamente devem alcançar um foco maior no Brasileiro. O embarque rumo ao Peru será no meio da próxima semana. A lição está aí.
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A principal lição é o cansaço e a falta de intensidade de jogos atrás.