Especialista da grande área, Pedro tem cardápio variado como garçom para convencer Jesus
Atacante vai além das finalizações, e assistência para Bruno Henrique na estreia engrandece retrospecto de passes decisivos sem sair de perto do gol nos tempos de Fluminense
Pedro e Gabriel podem jogar juntos? Foram necessários somente 27 minutos contra o Resende para o torcedor do Flamengo ter a convicção que sim. A variedade de opções de Jorge Jesus, porém, vai além e passa muito para mobilidade por ambos. Se o reforço chegou para suprir a carência do avançado, o repertório aponta para um centroavante que faz bem a função de garçom.
Levando em conta somente a passagem pelo Fluminense (foram apenas 59 minutos em campo pela Fiorentina), Pedro soma nove assistências em 58 jogos e com vasto repertório. Seja como pivô, com passes de calcanhar, peito ou jogadas pelos lados, o camisa 21 do Flamengo vai além da disputa direta com Gabigol por uma vaga de titular.
Logo na estreia, o cruzamento pela direita para o gol de Bruno Henrique serviu de cartão de visitas. E seguiu o padrão de solidariedade sem perder sua principal característica: a presença de área.
Com exceção ao lindo passe de calcanhar para Yoni González em jogo do Fluminense contra o Peñarol, pela Sul-Americana, todas as outras assistências aconteceram dentro da área. Sinal de visão de jogo justamente no setor onde Jorge Jesus mais conta com seu futebol:
''Há jogos que pode acontecer (Pedro e Gabriel juntos). Cada jogo tem a sua história. As estratégias para cada jogo são diferenciadas. Hoje era preciso ter mais jogadores na área. Acreditávamos que o Pedro ia ter mais poder na área. Pelo Fluminense, Pedro deu assistências com passes de peito, calcanhar, jogadas pela esquerda e pivô. Logo na estreia pelo Flamengo, serviu Bruno Henrique em lance pela direita.''
Pelo Fluminense, Pedro deu assistências com passes de peito, calcanhar, jogadas pela esquerda e pivô. Logo na estreia pelo Flamengo, serviu Bruno Henrique em lance pela direita.
Mais acostumado que o companheiro e se movimentar pelos lados do campo, Gabriel foi só elogios da primeira experiência com Pedro e prevê melhoras com o passar do tempo. Como ele mesmo já disse, não vê o camisa 21 como alguém que coloca em risco sua condição de titular, mas um reforço que aumenta as opções do elenco.
"É um jogador muito qualificado, com características diferentes da minha. Estamos nos conhecendo, mas é um jogador bom, o que é fácil. Cada dia mais vamos nos encontrar nos jogos. Pelo começo, foi muito bom"
Se sabe ser garçom, é inegável, porém, que a maior qualidade de Pedro é mesmo a finalização. E os números do mesmo período no Fluminense também apontam para isso: os 24 gols em 58 partidas garantem um aproveitamento de 0,42 para jogo.
Em média com a camisa tricolor, o atacante precisou de seis finalizações para fazer balançar as redes e 146 minutos para ter uma participação direta por gol. No Flamengo, foram 27 minutos para um gol e uma assistência.
- Tem pouco tempo de trabalho, mas com o decorrer dos treinamentos vou me adaptando à equipe, eles aos jogadores novos, e vamos melhorar ainda mais.
Números na mesa, Pedro tem seus atributos para convencer Jorge Jesus. Resta colocá-los em prática no campo. Sábado, às 18h (de Brasília), diante do Madureira, no Maracanã, pela sexta rodada da Taça Guanaraba, terá mais uma oportunidade para isso.
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