O vice-presidente de relações externas do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, mais conhecido como Bap, negou neste final de sábado que o clube se movimenta nos bastidores para forçar o fim da pausa no calendário por conta da pandemia do coronavírus. O dirigente garantiu em entrevista para a FlaTV, canal oficial do rubro-negro no youtube, que o Mais Querido apenas trabalha para ter o planejamento pronto para quando a volta do futebol for autorizada.
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- O Flamengo tem trabalhado dia sim e outro também com a possibilidade da volta. Porque a volta requer muito planejamento. Não é só o prefeito ou o governador decretar que os clubes voltam a jogar. Precisamos de um plano prévio, até para não colocar os atletas em risco. É um problema complexo que tem que ser discutido enquanto estamos parados. Porque senão, quando acabar o confinamento, vamos demorar mais 30 dias para voltar - disse.
As declarações servem de resposta para o ex-presidente e dirigente do Botafogo Carlos Augusto Montenegro. O ex-mandatário criticou a postura do Flamengo nos bastidores, lembrou o incêndio no Ninho do Urubu e afirmou que o clube da Gávea prepara uma outra tragédia, desta vez "calculada".
Na mesma transmissão ao vivo, Luiz Eduardo Batista explicou o pedido de empréstimo de R$ 50 milhões feito pelo Flamengo, informação revelada no site do globoesporte.com, no blog do PVC. Segundo o ''Bap'', não se trata de má notícia no setor financeiro, mas sim precaução para não faltar "oxigênio" no caixa do clube.
- Saiu na mídia que o Flamengo tomou uma linha de crédito como se o Flamengo tivesse em algum problema financeiro. Mas a gente não sabe o que vem pela frente. Temos que proteger o caixa para seguir cumprindo com os nossos compromissos. Foi por isso que tomamos essa decisão antes de outros clubes. Não tomamos dinheiro porque estamos quebrados, e sim para ter um extra, um balão de oxigênio, para não tropeçar - garantiu.
Outras respostas do dirigente
O retorno preocupa?
Não, mas sim a forma como ele vai ser feito. Além de fazer falta na vida da gente o Flamengo voltando. Mas, estamos nos planejando. Os atletas estão se cuidando demais. Mantemos contato e sabemos como eles estão. O esforço de todos é digno de aplausos. Vamos voltar com cuidado porque sabemos que é diferente. Foi uma parada importante. Não é a mesma coisa que voltar à academia. Precisamos estar atentos não só ao formato dos campeonatos, mas também a esse aspecto físico. Acreditamos que com 12 ou 15 dias de treinos será seguro para eles voltarem.
Conselho de futebol
Nós tomamos decisões importantes para o clube em grupo. A nossa visão é que o futebol é muito importante para ser comandada por uma cabeça só. Quando você tem o conselho do futebol, deixa o achismo de lado e erra muito menos. Foi um dos grandes acertos da gestão do presidente Landim. Não é um só quem manda. O conselho não interfere em nada do dia a dia. Treino, quem joga, quem não joga... É tudo aquilo que serve de base e é estratégico. Esse ano, vamos estender esse modelo de ação para as categorias de base.
Preocupação com a pandemia
A gente vive um momento muito ímpar na história da humanidade, nunca se viveu nada parecido. Há quem diga que a gripe espanhola foi pior. Mas, para uma sociedade tão conectada como a nossa, o distanciamento é um desafio enorme. Muitos hábitos que estamos adquirindo vamos manter depois disso. Temos que defender vidas, mas, por outro lado, a gente sabe que se a economia parar muita gente vai morrer de fome ou de outras mazelas. Imagina que trabalha com turismo, por exemplo. Quando acabar a pandemia, será que todo mundo vai querer viajar? A diferencia entre o remédio e o veneno é a dose. Quando você tem discussões muito polarizadas, normalmente a alternativa correta está no meio.
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Toda vez q vejo a cara desse mercenário Bap da uma vontade de quebrar ela.