Nos pênaltis, o Flamengo conquistou a Copa do Brasil ao vencer o Corinthians no Maracanã. Este é o quarto título da competição na história rubro-negra. A taça inédita da 'Geração 2019' foi marcada por uma virada de chave, um time bem definido, um herói improvável e um 'alerta' para Libertadores.
Foram 10 jogos: seis vitórias, três empates e uma derrota. Iniciando a campanha com Paulo Sousa, o Flamengo venceu os dois jogos contra o Altos, pela terceira fase. A única derrota aconteceu na estreia de Dorival Júnior com o time na competição, contra o Atlético-MG, no Mineirão.
O gol de Lázaro no fim amenizou o resultado e contribuiu para o clima do jogo de volta no Maracanã. Com um mosaico de 'Bem-vindos ao inferno', em referência à declaração de Gabigol, o Flamengo trouxe à tona a força do 'time das Copas' e garantiu a classificação no brilhantismo de Arrascaeta.
A classificação para as quartas de final refletiu em todas as competições que o Flamengo disputava, e o momento é considerado a virada de chave da temporada. O time que venceu o Atlético no Maracanã foi utilizado pela primeira vez na Copa Libertadores, na goleada contra o Tolima, sete dias antes.
A escalação que viria a ser decorada pelo torcedor sofreu alteração nas quartas contra o Athletico, na Arena da Baixada, por conta da ausência de David Luiz e Thiago Maia - Fabrício Bruno e Vidal foram titulares. Mesmo assim, o Flamengo garantiu a vaga na semifinal com um gol de Pedro.
Na semi, o clube carioca reencontrou o São Paulo de Rogério Ceni. Com 4 a 1 no agregado, o Flamengo viu o Corinthians garantir a classificação em cima do Fluminense e, com isso, reeditar o confronto com a equipe paulista, que aconteceu pelas quartas da final da Libertadores.
Mesmo com o final feliz contra o Corinthians, o duelo traz lições a um Flamengo que venceu sem a atuação esperada e está a nove dias de mais uma grande decisão. Dois empates fizeram as equipes decidirem nos pênaltis.
O roteiro de cinema foi desenhado com vantagem para o Corinthians, quando Filipe Luís desperdiçou a primeira cobrança. Fágner perdeu para equipe paulista, e Gabigol trouxe para os pés a responsabilidade de manter o Flamengo vivo na disputa.
A comemoração na maior característica do camisa 9 inflamou a torcida rubro-negra no Maracanã. Mateus Vital desperdiçou a cobrança do Corinthians, e deixou para Rodinei a responsabilidade de encerrar a disputa. O lateral superou Cássio e se tornou mais um herói improvável em Copas do Brasil pelo Flamengo.
Entre dois técnicos e dez jogos, o Flamengo conquistou o título da Copa do Brasil experimentando seis escalações diferentes: Altos (2x), Atlético-MG (2x) Athletico-PR e Corinthians. Pedro e Rodinei são os jogadores que mais atuaram, curiosamente os dois que decidiram a final no Maracanã.
O gol no tempo regulamentar deixou Pedro ao lado de Arrascaeta na artilharia rubro-negra da competição, com três gols. Decisivo nos pênaltis, Rodinei foi quem mais deu assistências aos companheiros - em três oportunidades.
Contra Altos (ida): Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira, Ayrton Lucas; Daniel Cabral, Diego Ribas, Igor Jesus; Bruno Henrique, Marinho e Pedro.
Contra Altos (volta): Hugo Souza; Rodinei, Rodrigo Caio, Léo Pereira, Marcos Paulo; João Gomes, Thiago Maia, Diego Ribas; Lázaro, Marinho e Gabriel.
Contra Atlético-MG (ida): Diego Alves; Matheuzinho, Rodrigo Caio, Pablo, Filipe Luís; João Gomes, Willian Arão, Andreas Pereira, Arrascaeta, Everton Ribeiro; Gabriel.
Contra Athletico-PR (volta): Santos; Rodinei, Fabrício Bruno, Léo Pereira, Filipe Luís; João Gomes, Vidal, Everton Ribeiro, Arrascaeta; Pedro e Gabriel.
Contra Corinthians (volta): Santos, Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, Vidal, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro.
O tetracampeonato da Copa do Brasil coroa o 10ª título da Geração Gabigol, que já tem a próxima conquista no alvo. A final da Libertadores, contra o Athletico-PR, está marcada para o dia 29 de outubro.
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