15/11/2013 10:37
Mancini já fala como fracassado e aponta tapetão no Flamengo
Segundo colocado no Campeonato Brasileiro e finalista da Copa do Brasil. Provavelmente quando assumiu o Atlético-PR, em julho deste ano, Vágner Mancini não imaginaria um ano tão bom. O time rubro-negro, que deixou o estadual de lado e priorizou a disputa do torneio nacional em pontos corridos, está "voando" nos últimos meses de 2013, enquanto os rivais demonstram o cansaço.
"Se você for pensar que no começo da temporada, o que a gente visualiza é que chegue à final em todas as competições, então hoje não podemos achar quer isso é um empecilho", disse o treinador em entrevista exclusiva à Rádio ESPN. "Estar na final da Copa do Brasil e dentro do G-4 tem que ser comemorado. E toda comemoração gera motivação. O grupo de jogadores sabe que, embora a gente esteja na final e também no G-4, não ganhamos nada ainda. Há a necessidade de a gente provar que o Atlético-PR realmente faz uma excelente temporada buscando a vaga (na Libertadores)e o título, mas para isso não posso contar somente com 11 jogadores, e sim com todo o elenco. O Atlético tem um elenco em que a maioria já jogou e que deu resposta positiva dentro de campo", citou.
E toda a campanha é feito com um elenco basicamente jovem, com algumas peças bastante experientes como o zagueiro Luiz Alberto e o meia Paulo Baier. "Quando eu cheguei, vendo o grupo de jogadores, achei que talvez a maturidade demorasse um pouco mais. Felizmente, apesar de atletas jovens - algo semelhante ao Paulista em 2005 -, são atletas formados na base que ao longo dos anos vêm jogando juntos, então formou-se um corpo de solidariedade de quem nasceu aqui dentro", falou.
"Essa combinação dentro do grupo fez bem. Luiz Alberto, Paulo Baier, Weverton são mais experimentados no futebol, mas a garotada supre na correria a deficiência do Baier na marcação, por exemplo. Houve uma aglutinação interessante, e por isso o Atlético subiu de produção", falou.
Na Copa do Brasil, o Furacão deixou Internacional e Grêmio para trás até chegar à decisão. Assim, Mancini alcança a mesma fase com a qual levou o pequeno Paulista (SP), campeão em 2005.
Na grande final, um rival de peso: o Flamengo. E como há oito anos, Vágner Mancini afirma temer pela força nos bastidores do clube carioca. "Há um temor, sim, porque vamos enfrentar um time com uma marca muito forte, acostumado a vitórias, títulos, que certamente vai lotar o Maracanã. Eu espero, sinceramente, assim como eu tive a experiência no Paulista, que o jogo seja jogado somente dentro do campo. Temos que exigir que o futebol seja mais leal e justo a cada dia que passa. Eu ainda vou acreditar que aquela equipe que for melhor nos 180 minutos possa levar o título", pediu.
Ganhando ou não a Copa do Brasil, além da ótima campanha no Brasileirão, o treinador garante: mudará de patamar. "Nesses últimos anos tive dificuldades em outros clubes, mas felizmente aqui no Atlético tenho a chance de realizar outro trabalho. O técnico e o atleta vivem de títulos, vitórias, e é interessante quando você tem uma chance de estar com uma estrutura dessa e consegue desenvolver um trabalho em um time que ninguém acreditava, ou aqueles que viam no começo da nossa subida a chance de uma queda - que não aconteceu, felizmente. Há uma valorização de todo mundo. Todos eles sabem a importância que é levar o Atlético a um título ou a uma vaga na Libertadores", analisou.
14628 visitas - Fonte: ESPN
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