13/4/2023 22:12
Perdido, Flamengo leva banho em noite gloriosa do Brasil 'real'
Torcedores do Maringá, time que enfrentou o Flamengo na Copa do Brasil Imagem: Reprodução/Instagram
A Copa do Brasil teve uma grande semana de Brasil real, de futebol raiz. Estádios cheios para ver times que perderam qualquer espaço nacional e para ver os times que sempre foram os principais do país - mas hoje são mais que os principais, se transformam nos "únicos".
Todos que me leem sabem que não gosto do modelo atual do futebol brasileiro, nacionalizado e elitizado. É um país muito grande, com muitas cidades médias e grandes que ficam órfãs de futebol - antes já era "preciso" torcer pelos times dos grandes centros, agora só resta torcer pelos times dos grandes centros e não ter mais possibilidade nem de vê-los nem de ver partidas e competições que valham alguma coisa nas cidades.
Até outro dia, 11 times principais - os da Libertadores e alguns agregados - entravam direto nas oitavas de final da Copa do Brasil. Pelo menos este escárnio os caras mudaram. Agora entram na fase anterior, quando ainda tem 32 candidatos a título. Na minha opinião, todos deveriam jogar desde o começo. Mas enfim. Só essa pequena mudança já gerou alguns duelos legais na terceira fase.
O Grêmio foi ver o Frasqueirão lotado em Natal. O Corinthians, visitar o Mangueirão em Belém (e apanhar). O Cruzeiro foi jogar nos Aflitos e perder. O Athlético-PR caiu no Rei Pelé, em Maceió. ABC, Remo, Náutico e CRB são times dos mais populares de capitais importantes do Brasil, mas hoje em dia nem sonham em enfrentar os grandes do país. Precisam contar com esta sorte que a Copa do Brasil proporcionou.
O Flamengo foi a Maringá enfrentar uma equipe que é recém-fundada, mas, dado o sumiço do Grêmio Maringá, foi abraçada pela cidade. Estádio cheio, torcida em pé, chuva.
Talvez o Flamengo reagisse bem à saída de Vítor Pereira. Não, foi o contrário. Reagiu mal, pessimamente. Descabeçado, levou 2 a 0 do Maringá e, daqui a duas semanas, terá de reverter o resultado para não abandonar a competição de forma pífia e precoce.
O resultado pode adiantar a busca por um novo treinador, talvez faça com que a diretoria não esteja disposta a esperar Jorge Jesus encerrar a temporada no Fenerbahce. Afinal, hoje era dia para mostrar que o elenco poderia funcionar em uma espécie de autogestão, mesmo que por um tempo. E mostrou o contrário.
O Flamengo perdeu a primeira na Libertadores, está pendurado na Copa do Brasil e já viu, ano passado, que o Campeonato Brasileiro não permite inícios claudicantes - oara ser campeão, precisa ser forte desde o início. Será mesmo possível ficar um mês e meio esperando Jorge Jesus? Duvido.
Enquanto isso, o Brasil real aproveita a rara fraqueza do gigantesco Flamengo para ver algo que foi comum um dia. Uma equipe de interior, humilde, bater em um grande do país.
430 visitas - Fonte: UOL
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