O Flamengo entrou na Libertadores como favorito ao título, mas o melhor time após duas rodadas da fase de grupos é o Bolívar, com 100% de aproveitamento e cinco gols de saldo. E um dos grandes responsáveis por isso é um brasileiro: o centroavante Francisco da Costa, autor de três gols em dois jogos. Na fase de grupos, só Paulinho, do Atlético-MG, e Maxi Silvera, do Peñarol, fizeram a mesma quantidade de gols até aqui. Nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília) no estádio Hernando Siles, na altitude de 3.600 metros de La Paz, o Bolívar aposta suas fichas no seu artilheiro para surpreender o Flamengo e colocar um pé nas oitavas de final.
Chico, como é conhecido pelos mais próximos, diz estar vivendo aos 28 anos a melhor fase de sua carreira, construída quase inteira fora do Brasil. Desde 2022 no clube, o atacante tem média de quase uma participação direta em gol por jogo: são 47 gols e 21 assistências em 70 partidas. Em entrevista exclusiva ao ge , Chico projetou o desafio de encarar o Flamengo , admitiu a vantagem da altitude, explicou o vídeo que viralizou da reação dos jogadores durante o sorteio e também a parceria do clube com o Grupo City, que vai render um estádio estilo caldeirão nos próximos anos.
Aumentou a responsabilidade de vocês depois da eliminação no Apertura? - Foi um golpe um pouco emocional, que a gente não esperava. Um contexto um pouco complicado, arbitragem foi muito prejudicial para nós. Passados dois dias assim de luto, a nossa campanha era muito motivada pelo momento que a gente vem vivendo e cortar o campeonato local nas quartas de final foi complicado. Restou a Libertadores nesse semestre, não dá para desperdiçar esse começo tão bonito que a gente vem fazendo e agarrar essa motivação.
O Bolívar ano passado chegou até as quartas de final da Libertadores. Esse ano acha que dá para ir mais longe? O time está mais forte do que ano passado? - É importante sonhar. É muito difícil falar do Bolívar e concretizar, "a gente vai chegar". Temos que ter essa mentalidade, para chegar mais longe, para fazer história. Além de ser humilde, entender que há outros favoritos para chegar, mas temos totais condições de surpreender os demais. Para nós não seria uma surpresa.
Você tem contrato aí no Bolívar até quando? Tem planos de voltar a jogar no Brasil um dia? - Meu contrato aqui é até o final do ano que vem. A gente nunca sabe, na vida de jogador, do futuro. Vai levando, as ofertas vão chegando, a gente estuda, vê o que é melhor... Obviamente voltar para o Brasil seria bonito não só pelo alto nível que tem a liga, mas também estar perto de casa. Eu venho fora há bastante tempo, vejo as pessoas ao meu redor com famílias, filhos, e estar sempre longe de casa é complicado. Voltar para o Brasil então, além da parte futebolística, para o meu lado familiar seria importante.
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