A cada semana, o Flamengo fica mais perto de colocar em prática o projeto do sonhado estádio próprio, mas a execução pode não ser tão simples, ao menos é o que alertou o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello. Para o antigo mandatário do clube, tudo depende de como será o desenvolvimento, e usou o exemplo do Corinthians.
O dirigente, opositor da atual direção, encabeçada por Rodolfo Landim, acredita que o clube paulista esteja "pior do que antes", isso porque ainda paga pela construção da Neo Química Arena dez anos após sua conclusão, em 2014. Isso fez com que a dívida do alvinegro aumentasse e chegasse à situação crítica de hoje em dia.
"Você vê o Corinthians, que também tem uma torcida enorme, concentrada no Sudeste, conseguiu construir seu estádio há dez anos atrás e o que aconteceu? Está pior do que antes", disse Bandeira de Mello no podcast 'Fala, João!', do narrador João Guilherme. "Não adianta só conseguir o objetivo físico, tem de conseguir ele com responsabilidade, da maior maneira possível".
O ex-presidente acredita que o próprio projeto do estádio corinthiano poderia ter sido maior, já que o bairro em si é cheio de torcedores do clube e a capacidade inicial, na Copa do Mundo, era de 60 mil. No caso do Flamengo, apesar do Gasômetro não ser necessariamente um 'reduto' rubro-negro, tem potencial considerável por estar na área central do Rio de Janeiro (RJ).
"Eu diria que esse projeto tinha tudo para dar muito certo, na época pensava-se que era um gol de placa e o Corinthians ia entrar em um ciclo virtuoso, mas não foi o que aconteceu, alguma coisa errada foi feita", pontuou o dirigente, ainda sobre a Neo Química Arena.
Bandera de Mello revelou no podcast que ele e pessoas de seu grupo, que tentam uma chapa para a eleição presidencial de 2024, terão uma reunião com o prefeito da capital carioca, Eduardo Paes (PSD). O objetivo é de esclarecer como será o processo de construção e adaptação da região para um novo estádio. Sobre o tempo até a conclusão e a execução do projeto, ele foi direto.
"Pode demorar um pouco mais do que a gente imagina? Pode, mas o Maracanã nos atende por enquanto", afirmou Bandeira de Mello. "Se a Nação se unir em torno desse propósito, nós podemos endereçar todos esses pontos e chegarmos em um final feliz". "Para isso você precisa de muito critério, não pode ter oba-oba. O pior que pode nos acontecer é pagar uma grana altíssima pelo terreno e não construir o estádio", concluiu, referindo-se ao leilão pelo terreno, que já teve edital publicado.
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