O técnico Tite concedeu entrevista coletiva após a vitória sobre o Bahia, por 1 a 0, que garantiu o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil, e evitou lamentar a ausência de Pedro, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo . Segundo o treinador, a ideia é valorizar quem está disponível para entrar em campo. - Nós não fizemos projeção para o restante da competição sem o Pedro. A gente fortalece quem está, e o campo vai falar. É adaptação, sim. Como aciona características diferentes. O BH é de atacar o espaço. No primeiro tempo os dois marcadores estavam marcando bola de profundidade, no intervalo falamos: "Pega a bola no pé".
Jogadores que têm essas características... fora o cabeceio que ele tem. Quando o jogo é pensado, por vezes essa adaptação é necessária. O jogo vai exigir, e o campo vai falar. Tite também se recusou a apontar um substituto para Pedro ao ser perguntado se optaria por Gabigol ou Bruno Henrique para a vaga do atacante, que não tem previsão de retorno aos gramados. - Eu na resposta anterior respondi essa sua pergunta, o campo fala e não tem, não tem. Tem adaptação aos jogadores que são do setor - disse o treinador, que completou: - Todos que estavam aqui (substitutos) se colocam um pouquinho mais à disposição para fazer aquilo que é importante para o grupo todo, para a equipe toda. O Flamengo enfrentará o Corinthians na semifinal deste ano, em datas e horários a serem divulgadas pela CBF. Mas o duelo de ida deve ocorrer na semana do dia 2 de outubro e o de volta 16 de outubro. No próximo domingo, o Fla tem compromisso pelo Brasileirão. Enfrenta o Vasco, no Maracanã, às 18h30, pela 26ª rodada. Confira outras respostas de Tite
Compactação da equipe - A compactação da equipe ela se dá onde a bola estiver e se uma equipe, e é muito difícil jogar em contra-ataque também. Se uma equipe ela joga alto e dá espaços com o Luiz e com o BH, principalmente, ou quando tem o Cebola, você não consegue controlar o adversário. Pode ter até a bola, mas tu não controla porque esses jogadores eles te dão a possibilidade da jogada longa. Então, o que nós tínhamos? Um, jogadores de flutuação, que era o Gerson, para ter juntamente com o Arrascaeta a organização, e dois, e aí, o adversário vai se mostrar, vai dar alguma coisa e ele vai te dar. Não adianta para ele não ler o espaço.
Negociação com Benedetto - Nós estamos num momento que está em muita fake news e tem muita informação errada. A informação é mentirosa. E quem disse, mentiu. Não estou dizendo que é mentiroso, mentiu. Eu gostaria de saber o nome da pessoa, até pra dar o ar pra todo mundo, porque é fácil dizer assim, ó, falaram, e aí todos vocês ficam envolvidos. Aí a imprensa falou, não, não é a imprensa que falou. - Então essa matéria disse, e o cara que assinou, a informação que ele sabia o nome, dá o nome dele.
Posicionamento do Gabigol no jogo - Nós temos duas opções táticas. Uma, ele pode jogar atrás de um 9 e outra de 9. São as duas funções dele. Teve uma parte onde já estava desgastado o BH, e aí tu joga com o jogador para dentro, traz o Gerson para dentro. Aí eu tenho um jogador mais cerebral central.
Três competições ao mesmo tempo - Vai pesar a confiança, vai pesar o sistema, a coordenação dos movimentos, ter os atletas disponíveis, um conjunto da aula, um momento de cada um que cada um tiver.
Atuação de Léo Ortiz - Ele jogou oito, nove anos na base ali. Ele recebe a bola, um pouquinho antes do lance do gol nós comentamos no banco: os dois zagueiros abastecem os dois primeiros meios-campistas, porque eles vão encontrar o passe e furar a linha para Gerson e Arrascaeta na frente. O zagueiro é mais uma bola de corredor, uma bola de inversão. O lance do gol é característico: ele recebe com o domínio orientado de lado, já dá o primeiro passe, aí o cara intercepta, e ele já dá outro porque tem o chip. Ele antevê os movimentos porque tem o domínio da posição. Como ele tem o domínio da função de volante e de zagueiro, pode jogar nas duas.
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