Nas oitavas de final da Libertadores-24, o Flamengo, clube mais rico da América do Sul, enfrentou um rival, o Bolívar, que fatura só 5% do que o rubro-negro consegue em uma temporada. O abismo financeiro do time carioca para o adversário também será grande nas quartas de final, mas nada comparável. O gigante Penãrol não tem a grife de fazer parte do "grupo City", mas a paixão de sua torcida e sua tradição evitam que o clube se torne um nanico financeiro O time uruguaio passa por um processo de reconstrução financeira que diminuiu sua dívida de UD$ 22 milhões em 2017 para US$ 7 milhões no ano passado (as contas do Penãnol sempre são apresentadas na moeda americana).
As receitas vão no caminho contrário, subindo. Para 2024, a diretoria fez três cenários de receitas, dependendo dos resultados em campo e na venda de jogadores. No mais pessimista, o Penãrol vai faturar U$ 25,5 milhões. No intermediário, US$ 29,4 milhões. No otimista, US$ 38,9 milhões. Se obtido o melhor cenário, o clube uruguaio terá em 2024 receitas equivalentes a 20% do que o Flamengo projeta faturar na temporada. O que não muda é o peso da torcida nas receitas do Penãrol.
O clube projeta faturar US$ 6,9 milhões com contribuições de seus sócios. Ou seja: seus torcedores vão responder por 17% a 25% ao total de receitas do clube. As mensalidades dos sócios do Flamengo, seja do clube social ou do programa de sócio-torcedor, não chegam a 10% do faturamento do clube.
E quanto o Penãrol gasta? Contando salários, premiações e contratações, o clube projeta gastar, no máximo, US$ 12,9 milhões com seu futebol profissional, ou, pelo câmbio atual, R$ 71 milhões. Em 2023, o Flamengo investiu R$ 670 milhões em salários, direitos de imagem e contratações com seu departamento de futebol.
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