Rio - O tropeço na estreia no Brasileiro ligou o sinal amarelo. Com o empate em 0 a 0 com o Goiás, em Brasília, o Flamengo chegou à quarta partida seguida sem vencer. Para piorar, o time não apresentou um bom futebol em nenhum dos confrontos e gera preocupação com a queda de rendimento de um elenco que desde o ano passado vem sendo contestado.

Apesar da conquista do Carioca, o Flamengo empatou com o Vasco duas vezes na final e jogou pior do que o rival. Na eliminação da Libertadores para o León, em pleno Maracanã, nova atuação ruim na derrota por 3 a 2. Contra o Goiás, a dificuldade foi furar a retranca adversária e o empate aumentou a pressão por um resultado melhor contra o Corinthians, no Pacaembu, domingo.

“A equipe jogou muito abaixo do que esperávamos, até pela sequência de jogos que temos pela frente. São clássicos nacionais e era importante demais vencer. Agora temos de derrotar o Corinthians. O Brasileiro não permite ficar sem vitórias durante duas ou três partidas. Empatou na estreia? Precisa vencer na rodada seguinte. É um jogo fora, mas sabemos que temos condições de ganhar”, analisou Felipe.

O Flamengo tenta manter a tranquilidade para não se perder, apesar do momento ruim - Jayme de Almeida igualou sua pior sequência sem vitórias desde que assumiu o time em 2013.

“Deixamos de ganhar dois pontos. Agora temos de buscá-los fora de casa. Vamos apagar o que passou. Não adianta ficar falando de Libertadores e de Carioca. Estamos começando o Brasileiro agora, com outro nível de exigência. Se ficar pensando no passado, a gente vai se perder. Nós, jogadores, precisamos ter a postura de nova competição. Estamos começando um campeonato no qual deveríamos ter vencido. Vamos ter de buscar na frente esses pontos”, advertiu Alecsandro.

Jogadores querem o Maracanã

A maior renda da primeira rodada do Brasileiro foi do Flamengo, que chegou a R$ 1.144.515, mas em campo o placar ficou longe do esperado. Na balança entre a arrecadação e o benefício técnico do Maracanã, a partida em Brasília teve resultado parecido com a de 2013, com os cofres do clube levando a melhor.

Apesar da insatisfação do grupo em jogar longe do Maracanã, os jogadores evitaram reclamar abertamente, mas não deixaram de mostrar a preferência.

“A decisão é da diretoria. Não temos de colocar o mau desempenho no estádio, mas não há como esconder que nossa vontade é jogar no Maracanã. Com certeza, é a opinião de todos. Respeitamos a decisão e, se for para o bem do clube, vamos jogar em Brasília, Manaus, Roraima, Natal ou onde quer que queiram. E temos de ganhar”, disse Alecsandro.