Procurado por Fla e Palmeiras, Bernard renasce com novo técnico no Shakhtar

29/7/2016 15:44

Procurado por Fla e Palmeiras, Bernard renasce com novo técnico no Shakhtar

Atacante começa a temporada como titular e acredita que chegou sua hora na Europa

Procurado por Fla e Palmeiras, Bernard renasce com novo técnico no Shakhtar
Donbass Arena, que foi bombardeada nos conflitos, não recebe mais jogos do Shakhtar Donetsk (Foto: AFP)

Um ditado que pode ser muito utilizado no futebol é "nada como um dia após o outro". No caso do atacante Bernard, talvez seja melhor adaptá-lo para "nada como um técnico após o outro". Não que ele fosse inimigo declarado de Mircea Lucescu, que deixou o Shakhtar Donetsk para assumir o Zenit. O treinador, inclusive, já chegou a declarar que o brasileiro estava no clube ucraniano apenas para "tomar dinheiro". Porém, a relação se acalmou e a chegada de Paulo Fonseca fez o jogador enxergar um horizonte até então desconhecido. Neste início de temporada já foram dois gols em três jogos, titularidade confirmada e um sorriso estampado no rosto. Mesmo procurado por Flamengo, Palmeiras e Porto, Bernard ficou na Ucrânia, onde tem contrato com sua equipe até junho de 2018. Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele deixa claro que chegou, enfim, seu momento de aparecer e "acontecer" na Europa.

- Estou bastante feliz com tudo o que está acontecendo, desde o primeiro dia que cheguei aqui para iniciar a pré-temporada. Já vim com foco para começar com o pé direito e essa temporada e fazer com que seja especial. Então esses frutos que venho colhendo agora, que são os gols, desde os jogos da pré-temporada me deixam muito feliz. Tenho que continuar trabalhando e me dedicando cada vez para deslanchar de vez e voltar a mostrar tudo o que que sou capaz - disse.

Neste início de temporada, Bernard marcou e foi decisivo nas partidas contra Young Boys (vitória por 2 a 0) e Zirka (vitória por 4 a 1), pela fase eliminatória da Liga dos Campeões e Campeonato Ucraniano, respectivamente. Jogou os 90 minutos na decisão da Supercopa da Ucrânia, mas errou uma cobrança na derrota por 4 a 3 nos pênaltis para o Dínamo de Kiev, após empate em 1 a 1 no tempo normal.

GloboEsporte.com: A chegada de Paulo Fonseca foi determinante para sua volta por cima no futebol com a camisa do Shakhtar Donetsk?

Bernard:
Já era para ter me encontrado com o Paulo em 2013, quando tive a proposta do Porto e do Shakhtar, mas infelizmente não aconteceu. E felizmente está acontecendo nesse momento, porque é um treinador que vem me passando bastante confiança, que mudou a forma de jogar da equipe. Isso me favoreceu não por mudar a forma de a equipe jogar, mas por tudo o que vem fazendo por mim, conversando e passando confiança. Não disputei 90 minutos de vários jogos aqui no clube em três anos, justamente por opção do ex-treinador. Mas com ele (Paulo), já joguei 90 minutos dos três jogos da temporada. Ele vem me dando sequência, e estou correspondendo e ajudando a equipe da melhor forma possível.

Qual era, de fato, sua ralação com Mircea Lucescu? Era impossível a convivência no clube?

- Sempre é uma situação complicada, tudo o que vivi. Tive erros e aprendi com eles, mas é era uma situação de convívio. Aprendemos a conviver um com o outro, infelizmente ele tinha as opções dele que eu respeitava e não deixava de dar o meu máximo no dia a dia. Sempre buscando melhorar cada vez, me decidar cada vez mais. Tive certos problemas, mas no final conseguimos nos entender. E quando estávamos bem, ele acabou saindo do clube.

Muita coisa aconteceu depois da Copa do Mundo, e seu nome sempre esteve envolvido em uma possível saída do Shakhtar. Além da Copa, teve a guerra no leste da Ucrânia...

- Depois da Copa ficou tudo meio incerto no clube e no país, pela guerra ter estourado na nossa cidade. Pelo momento conturbado que vivia o país. Mas chutar o balde não seria a palavra certa, pois eu tenho responsabilidades com o clube pelo contrato de cinco anos. Foi uma escolha minha. Mas pelos problemas que eu tive, não só com o treinador, mas também com o momento do país, lógico que teria que procurar outras opções. Queremos trabalhar em um lugar que ofereça segurança, tranquilidade e felicidade. Mas o presidente, que gosta muito de mim e do meu futebol, fez de tudo para tudo ficasse tranquilo para os jogadores. Ele conversou e tudo ficou entendido.

Existe alguma previsão para o Shakhtar voltar a jogar em Donetsk (em 2014, rebeldes pró-Rússia entraram em conflito com forças de segurança da Ucrânia em uma guerra pela anexação do território à Rússia)?

- Agora o país está um pouco mais tranquilo, ainda acontecem alguns problemas, mas é bem longe. Estamos na capital. Estamos trabalhando bem tranquilos, em paz e sem nenhum risco. Infelizmente, não existe nenhuma previsão de volta a Donetsk, ou de voltar a jogar no estádio, justamente porque a cidade foi praticamente destruída. E também foi ocupada por alguns militares russos, é uma situação complicada que a gente torce para ser resolvida o quanto antes. Também pelo estádio e nosso centro de treinamento, porque tanto para jogar dentro ou fora de casa estamos viajando. Vivemos em Kiev e jogamos em Lviv. É uma situação complicada estar sempre viajando para jogar.

Flamengo, Palmeiras e Porto demonstraram interesse na sua contratação. Por que você ficou no Shakhtar?

- Fico muito feliz com interesse de grandes clubes como Porto, Palmeiras e Flamengo. São três clubes que qualquer jogador teria vontade de jogar, mas o presidente deu uma segurada, esperou a troca de técnicos, porque sabia que seria meu momento no clube, mas o momento é de mostrar o meu trabalho na Europa.

Acha que o Shakhtar ficou muito enfraquecido após as saídas de Douglas Costa, Alex Teixeira e Luiz Adriano?

- O clube acabou vendendo, são jogadores que vinham de um momento bom e especial no Shakhtar. Douglas, Adriano e Teixeira. Agora temos que assumir nossa responsabilidade e dar o melhor para o clube.

A Copa do Mundo de 2014 e o 7 a 1 para a Alemanha ainda tiram o seu sono?

- Já passou, são dois anos. Infelizmente é uma situação que foi incômoda para todos, mas é trabalhar, olhar pare frente e aprender com os erros que aconteceram.

13863 visitas - Fonte: Globoesporte


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Graças a Deus. É um Negueba piorado

q Bernard q nada ruim por ruim ficamos com o q ja temos

q Bernard q nada ruim por ruim ficamos com o q ja temos

tenho a ver com isso kkkk

kiko

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