8/2/2017 13:02
Camisa 10 do Flamengo vira maldição para os jogadores contratados
A responsabilidade de vestir a camisa 10 no Flamengo, eternizada com Zico e que fez sucesso com Petkovic, se tornou uma maldição para os últimos contratados desde que Adriano a abandonou em 2010. O uniforme passou pelas mãos de vários jogadores de curta duração e, agora, permanece no armário de Ederson, já que o meia passou mais tempo no departamento médico do que em campo desde que foi contratado, em 2015.
Quando Adriano saiu, Pet retomou a camisa 10 e se despediu dos gramados no Brasileiro. Depois, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, em janeiro de 2011, o Rubro-negro foi campeão do Estadual do Rio e fez uma boa campanha no Campeonato Brasileiro daquele ano. Mas, em 2012, o craque deixou o clube através da Justiça, quando rescindiu o contrato e pediu R$ 40 milhões no processo. Em fevereiro do ano passado, o meia chegou a um acordo com o Rubro-negro para receber R$ 17 milhões.
Com a saída conturbada de Ronaldinho, o vácuo midiático da camisa 10 foi grande. Carlos Eduardo, cria da base do Grêmio, foi resgatado da Alemanha e chegou com destaque, até por valor considerado muito alto (salário de R$ 550 mil). No entanto, em campo, o gaúcho não correspondeu as expectativas e foi perseguido pela torcida. Nem mesmo o gol da vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2013, contra o Cruzeiro, ajudaram a melhorar a sua imagem com os flamenguistas. Saiu com o título, mas sem deixar saudades.
O Flamengo iniciou novamente a busca por um meia e apostou as fichas em Lucas Mugni. A responsabilidade de jogar pelo maior clube do Brasil e de vestir a 10 eternizada por Zico pesaram sobre o jovem argentino, que caiu no esquecimento aos poucos. Perdeu espaços no time titular, até ser emprestado ao Newell’s Old Boys e depois vendido.
Foi então que as esperanças foram centralizadas em Ederson. Após três anos jogando na Europa, um pelo Lyon e dois pelo Lazio, o meia retornou ao país com um histórico de lesões na coxa, mas determinado a resolver o problema do Flamengo.
"No Flamengo é preciso pedir uma autorização para o maior de todos para usar essa camisa. E eu vou procurar usá-la e honrá-la da melhor maneira possível, dando o meu máximo dentro de campo", disse o meia, na época, durante sua apresentação em julho, se referindo a Zico.
No entanto, o azar pegou Ederson em cheio. O jogador sofreu uma lesão no ligamento do joelho em outubro de 2015, três meses após chegar na Gávea. Após longos meses no departamento médico, o jogador voltou aos gramados e como titular. Mas em julho de 2016, após uma tesoura violenta de Fagner, do Corinthians, o camisa 10 teve lesão óssea e precisou ser submetido a uma artroscopia no joelho esquerdo. Agora, se recupera e é esperado no Flamengo para a disputa da Libertadores 2017.
17036 visitas - Fonte: Extra
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