Dorival Júnior comandou o Flamengo em 20 partidas ano passado (Foto: Gilvan de Souza/CRF)
Um dos clubes de maior torcida do Brasil, o Flamengo formou grandes equipes nos anos 80 e 90 no futebol brasileiro, tendo conquistado uma série de grandes títulos e ganhando a função de protagonista. Já nos últimos anos, o Mengão tem enfrentado mais dificuldades para levantar importantes troféus. Dorival Júnior, que comandou o time no final da temporada passada, falou exclusivamente com a Gazeta Esportiva sobre a mudança de patamar do clube nos anos recentes após um período de vacas magras.
No seu ponto de vista, o Flamengo tornou-se mais organizado nos últimos anos e isso potencializou o desempenho do time nos campeonatos. Para ele, é uma questão de tempo para que as conquistas surjam.
“Eu acho que nesses últimos anos o Flamengo não fazia mais parte daquele grupo que, anterior à chegada da diretoria passada, ainda brigava por escapar do rebaixamento, em zonas intermediárias da tabela”, analisou o treinador. “A partir de um determinado momento o Flamengo começou a trabalhar já em um grupo de cima, sempre se aproximando muito de semifinais e finais de competições, o que é uma mostra que a qualquer momento as coisas vão acontecer.”
Dorival falou sobre o seu trabalho no clube carioca em 2019 e contou que já tinha um apreço pela forma que o Flamengo atuava mesmo antes de assumir o comando técnico. À frente da equipe, foram 12 partidas, com sete vitórias, três empates e duas derrotas, conquistando 66,7% dos pontos disputados.
“Eu acho que a ideia de jogo do Mauricio Barbieri é muito próxima daquela que eu tenho e eu vinha acompanhando as partidas do Flamengo porque era uma das equipes que me davam prazer de ver. É natural que, por observar muito e conhecer consideravelmente o grupo e suas características, a adaptação tenha sido rápida”, relembrou o treinador.
“Nós tivemos uma crescente muito boa, só que tivemos um adversário que não errou, que não nos deu a oportunidade de aproximação, essa foi a verdade. O Palmeiras estava em um momento muito feliz”, apontou o ex-comandante. O Flamengo terminou o campeonato oito pontos atrás do Verdão, que fez o melhor turno da história dos pontos corridos na segunda parte da competição.
Dorival diz que não ficou chateado por não ter permanecido como técnico do time carioca em 2019 pois sempre a diretoria foi muito transparente desde o começo: “Eu fiz um contrato consciente, um contrato para três meses. Não fui iludido em nenhuma situação, sempre deixaram muito claro para mim. Eu procurei fazer o meu máximo e tenho certeza que deixamos ótimos resultados, mostramos que essa equipe é confiável”, esclareceu.
“Não existe de maneira nenhuma qualquer outro sentimento que não seja de agradecimento, até porque eu iniciei os trabalhos junto com o presidente Bandeira, lá atrás em 2013, e agora finalizei o trabalho juntamente com a sua direção, isso é uma satisfação para mim. São poucos os profissionais que têm a oportunidade de voltar a uma equipe como o Flamengo”, completou.
Por fim, Dorival amenizou as polêmicas ao redor do caso do goleiro Diego Alves, que foi afastado do grupo depois da partida contra o Paraná, em outubro. Na época, foi noticiado que o arqueiro havia brigado com o treinador por ter sido barrado e preterido por César. O técnico afirma, no entanto, que nunca teve problema com o jogador.
“Foi um episódio que talvez tenha sido uma situação complicada para todos os lados, além de não ter sido bem explicada. O que eu fico satisfeito é de ter saído do clube tranquilo. Conversei com o Diego, ele entendeu tudo aquilo que tinha se passado. Eu não tenho problema nenhum com ele e nunca tive”, finalizou Dorival.
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Abel já sofre com cobranças internas no Flamengo
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Não deveria ter saido do comando do flamengo, Abel errou nas substituições aos 42 minutos jogando peli empate, poderia tirar Everton Ribeiro porém deveria ter colocado Pires da mota, para fechar a frente da zaga.