O Flamengo divulgou o balanço financeiro referente à temporada 2020 na última quinta-feira e deixou claro os impactos da pandemia da Covid-19 nas finanças do clube. Mesmo assim, o documento revela um número relevante relacionado ao pagamento de dívidas: desde 2013, o Rubro-Negro já pagou mais de R$ 1 bilhão em débitos.
O início dessa contagem, há oito anos, se remete ao começo da gestão do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que passou a pregar uma postura de austeridade financeira. Sob o comando de Bandeira, o Flamengo pagou R$ 876 milhões em dívidas. Em 2019 e 2020, na direção de Landim, foram mais R$ 184 milhões quitados, totalizando o montante de R$ 1,06 bilhão.
Confira o valor pago de dívidas ano a ano:
Gestão Eduardo Bandeira de Mello
2013 - R$ 136 milhões
2014 - R$ 141 milhões
2015 - R$ 149 milhões
2016 - R$ 200 milhões
2017 - R$ 143 milhões
2018 - R$ 107 milhões
Gestão Rodolfo Landim
2019 - R$ 117 milhões
2020 - R$ 67 milhões
AUMENTO NO VALOR DA DÍVIDA LÍQUIDA
Apesar dessa marca atingida, o Flamengo viu a dívida líquida crescer em R$ 171,5 milhões no último ano. Vale lembrar que R$ 100 milhões desse passivo são meramente contábeis referentes às luvas de televisão recebidas apenas no início de 2021 pelo Campeonato Brasileiro 2020. Esse montante entrará no próximo balanço financeiro anual.
No total, o Flamengo fechou 2020 com R$ 681 milhões na soma dos débitos. Esse valor está em um nível controlado considerando o tamanho da receita do clube, mas exige contenção de gastos pelo equilíbrio de contas. Em carta divulgada no balanço financeiro, Rodolfo Landim afirma: "Mantivemos nosso grau de endividamento em níveis compatíveis com a nossa capacidade de pagamento".
Confira o total do endividamento líquido ano a ano:
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2012 - R$ 737 milhões
2013 - R$ 667 milhões
2014 - R$ 660 milhões
2015 - R$ 554 milhões
2016 - R$ 472 milhões
2017 - R$ 450 milhões
2018 - R$ 455 milhões
2019 - R$ 509 milhões
2020 - R$ 681 milhões
O crescimento do débito rubro-negro se deu principalmente por causa das contratações realizadas no último ano, como Gabigol, Michael e Léo Pereira. No total, o Flamengo tem a pagar R$ 270 milhões em parcelas dessas negociações, sendo que R$ 170 milhões têm que ser quitados ainda neste ano.
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