2020, 2021 e agora 2022. O futebol brasileiro volta a dominar a final da Conmebol Libertadores e fará a decisão caseira pelo terceiro ano consecutivo, algo jamais visto na história do maior torneio de clubes da América do Sul. Mas dessa vez há algo diferente - no banco de reservas.



Em uma era com conquistas frequentes de treinadores estrangeiros no Brasil, desde os tempos de Jorge Jesus no Flamengo até as taças empilhadas por Abel Ferreira no Palmeiras, dois técnicos brasileiros voltam a decidir um título de Libertadores, o que não acontecia há muito tempo.

Dorival Jr, pelo Flamengo, e Luiz Felipe Scolari, do Athletico-PR, têm em comum a experiência, a passagens por vários times do Brasil e o fato de terem assumido seus clubes no meio da temporada. Agora, disputam o troféu mais importante do continente, em final marcada para 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador, com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.

A última vez que dois técnicos brasileiros duelaram em uma final foi em 2006. Na ocasião, Abel Braga levou o Internacional ao título contra o São Paulo, dirigido por Muricy Ramalho. Isso um ano depois de outra decisão puramente verde e amarela, entre o campeão São Paulo, de Paulo Autuori, e o vice Athletico-PR, de Antônio Lopes.

Além de ser uma final que não acontece desde 2006, a final entre Flamengo e Athletico-PR garante, salvo alguma demissão surpreendente de última hora, que um técnico brasileiro levantará a Libertadores pela primeira vez desde 2017. O último a alcançar tal glória foi Renato Gaúcho, com o Grêmio.

Desde então, o argentino Marcelo Gallardo e os portugueses Jorge Jesus e Abel Ferreira conquistaram o caneco, sequência interrompida em 2022.



"Uma marca importante na carreira de qualquer profissional. São 16 títulos disputados, 11 alcançados e 5 vices, nenhum do tamanho de uma Libertadores. De repente faltava um momento como esse. Tem importância grande para mim, mas muito maior para a rica história do Flamengo. Não tem preço chegar a uma disputa de título com essa camisa", exaltou Dorival Jr., logo após a vaga do Flamengo.