Diego em participação no Grande Círculo, do Sportv — Foto: Cahê Mota
Ex-jogador há exatos seis dias, Diego é o convidado do programa "Grande Círculo" desta semana. Aqui você acompanha duas respostas sobre dois assuntos importantes, mas a entrevista na íntegra só a partir das 22h30 (de Brasília) desta sexta-feira, no Sportv.
O ex-camisa 10 do Flamengo fez um balanço da carreira, e dois dos temas mais falados dos tempos de Ninho do Urubu foram abordados: as acusações da existência de uma panela formada por atletas nascidos em 1985 e a grave contusão sofrida contra o Emelec, em julho de 2019.
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Agora consolidado com 11 títulos, entre eles duas Libertadores, dois Brasileiros e uma Copa do Brasil, Diego viveu seu momento mais complicado no Flamengo justamente em 2019, tratado por torcedores como "o ano mágico".
Contestado em alguns momentos devido aos altos e baixos vividos no Flamengo, Diego havia recusado propostas do Orlando City, dos Estados Unidos, naquela temporada. Sete dias antes de ter o tornozelo esquerdo quebrado por Dixon Arroyo, do Emelec, o camisa 10 rubro-negro havia sido o protagonista da eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Athletico-PR. Perdeu pênalti batido no meio do gol e virou alvo principal de protestos.
Diego foi operado em 25 de julho, e o médico Márcio Tannure deu uma previsão inicial de retorno de quatro a cinco meses. Ou seja, imaginava-se que o camisa 10 não jogaria mais em 2019. Voltou em tempo recorde, no dia 23 de outubro, nos 5 a 0 sobre o Grêmio, antes de se completar três meses da fratura.
- Foi tudo maravilhoso, mas foi muito difícil e muito desafiador esse momento. Já tinha recebido propostas, mas ali decido mais uma vez recusar uma grande proposta, naquela altura do Orlando City. Segui no Flamengo com o objetivo de conquistar o grande título.
- A situação ainda estava meio nebulosa. Podia acontecer, mas também podia não acontecer. Tomo essa decisão, e somos eliminados. Crítica pesada, protesto, e eu estou no centro do furacão. Depois de encarar toda essa situação, eu quebro a perna, a contusão mais grave da minha carreira.
A superação de voltar antes do tempo previsto numa partida tão simbólica como aquela semifinal de Libertadores e a conquista do título na sequência fizeram Diego acreditar que permanecer no Flamengo foi a decisão mais acertada.
- Então o Flamengo fez com que eu utilizasse tudo aquilo que aprendi durante a minha vida toda. Se você aprendeu e fala, vamos ver se você está pronto e se você faz. Essas ocasiões do Flamengo foram meio que um confronto: "Agora é que vamos ver".
- Graças a Deus, à minha família e à minha esposa, tivemos a coragem de seguir em frente e valeu a pena. Foram muitas peças que foram se encaixando, e aquele título de 2019 representa muito para mim. A taça obviamente e o título tão importantes. Como pessoa e ser humano, por tudo que tive de passar e superar para chegar naquele momento, foi algo extraordinário.
Diego também tratou da acusação sobre a existência da "panela 85", supostamente formada por jogadores nascidos em 1985, casos dele, de Filipe Luís, Diego Alves e de Rafinha, hoje no São Paulo. O camisa 10 disse que o assunto já o tirou muito do sério, mas acredita que hoje isso está superado.
- Em alguns momentos do Flamengo já tive essa acusação de panela. A gente consegue ver como grande aprendizado. O que ficaram foi a solidez e a verdade que eu transmiti. Mas, durante essas situações, é difícil porque hoje em dia começa a se tomar uma proporção que se as pessoas não se posicionarem realmente para cortar isso pela raiz incomoda muito.
- Porque constantemente estão falando, tem minha família, é uma exposição muito forte. Durante um momento me incomodou bastante porque eu via que era uma mentira. Falava: "Caraca, não é possível que isso está ganhando força". Mas hoje vejo que a verdade prevalece de uma forma tão superior que vale a pena cada esforço para fazer o que é certo.
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