Foto: Getty Images
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) informou nesta quarta-feira (15) que casos de LGBTfobia também serão punidos em jogos organizados pela entidade, como os do Campeonato Brasileiro.
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As alterações já foram publicadas no Regulamento Geral de Competições para 2023, passando a valer imediatamente.
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Esse é um grande passo para o combate efetivo às diversas formas de discriminação no futebol em especial racismo e LGBTfobia. No caso específico do combate a LGBTfobia isso ajudará no movimento de inclusão dessa comunidade que hoje ainda se sente excluída, além de diversos agentes e atletas que precisam esconder a sua sexualidade por medo de violências e discriminação", celebrou Onã Rudá, criador do Canarinhos LGBTQ+, que é um coletivo de torcidas LGBTQIA+ de futebol.
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, mais uma vez demonstra que há um novo ambiente sendo construído no futebol brasileiro a partir da entidade máxima e que não há mais espaços para omissão diante desses crimes que recorrentemente acontecem no futebol brasileiro", completou.
O movimento vai de encontro às punições em caso de racismo, divulgadas pela Confederação na última terça-feira (14).
Segundo o Regulamento Geral de Competições, serão investigados quaisquer atos de discriminações de orientação sexual, de sexo, de gênero, etnia, procedência nacional e religião, entre outras infrações que "afrontem a dignidade humana".
De acordo com a CBF, as quatro sanções previstas são:
• Advertência
• Multa pecuniária administrativa, no valor de até R$ 500 mil, a ser revertida em prol de causas sociais, inclusive através da dedução de cotas a receber
• Vedação de registro ou de transferência de atletas
• Perda de pontos
Em caso de reincidência, a multa pode ser dobrada para R$ 1 milhão, de acordo com a Confederação.
Essas sanções, aliás, serão aplicadas pela própria CBF, por meio de um colegiado, sendo independentes de decisões do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que se baseia no CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).
No caso de perda de pontos, porém, o STJD terá a palavra final para referendar (ou não) a decisão da entidade que rege o futebol nacional.
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