Arrascaeta, do Flamengo, no jogo contra o Millonarios, pela Libertadores Imagem: Luisa Gonzalez/Reuters O Flamengo deixou a Colômbia com um ponto e algumas lições na bagagem no primeiro jogo na altitude nesta Libertadores. Entre erros e acertos diante do Millonarios, o rubro-negro já tem no horizonte um desafio ainda maior nessas condições: o Bolívar, no fim do mês, a 3.640 metros acima do nível do mar.
Os problemas do Fla Erros de passe. Esse foi um dos fatores de maior dificuldade do Flamengo, principalmente no primeiro tempo. O gol de empate do Millonarios sai de um erro individual de Erick Pulgar. Nossa equipe se comportou bem na altitude. Tivemos erros de passe e temos que calibrar o pé, como o professor fala. Acabamos errando diversas vezes pela altitude. Serve de lição porque lá [na Bolívia] é bem maior e temos que estar melhores na frente e atrás para fazer um grande jogo e sair com a vitória Bruno Henrique
Time desencaixado. A ausência de De la Cruz, que não foi para o jogo com febre e sintomas virais, fez a diferença para o Flamengo. O meio-campo foi um dos setores que enfrentou maior dificuldade de se conectar, melhorando após a entrada de Allan. O Allan te dá ritmo, é um jogador com cadência, passes curtos e volume. Possibilita a saída alternada do Erick. Quando tem os dois, um busca e outro tem liberdade de infiltração. Conseguimos sair dessa pressão Tite
Bolas aéreas. Uma das principais armas dos donos da casa na altitude é a bola pelo alto e o Flamengo entendeu isso. O Millonarios abusou das chegadas assim pelas laterais e quase complicou a vida do time. O time do Millonarios veio o tempo todo com bolas alçadas, tinham jogadores menores, mas com cabeceio bom. E nós nos comportamos bem e conseguimos tirar. Acabamos levando o gol por baixo. Imprimimos o ritmo forte. Fisicamente fomos bem na altitude. Serve de lição para calibrar mais os passes e vencer no outro jogo Bruno Henrique
Físico em evidência. O Flamengo chegou para a estreia entre as duas partidas da final do Campeonato Carioca e, por isso, enfrentou alto desgaste. Tite revelou que nove atletas foram para a Colômbia sem as melhores condições. Além do meia De la Cruz, Léo Pereira, Ayrton Lucas e Luiz Araújo começaram no banco por conta do desgaste. Antes do Bolívar, o Fla encara o Palmeiras pelo Brasileirão. Nós viemos com nove jogadores que tinham um problema. Eu não posso entrar com nove jogadores com alguns sentindo, outros com um detalhe a mais. Até porque temos um plantel qualificado. Quando tem a necessidade clínica ou física de sair alguém, naturalmente tem esses jogadores para participar Tite
Sistema defensivo atento. Os zagueiros não foram mal no empate, mas o Flamengo viu o Millonarios ocupar bastante o campo de ataque. Matias Viña e Everton Cebolinha não entraram bem e sentiram a altitude, fazendo com que as principais jogadas saíssem pelo lado deles. O time levou o primeiro gol em jogos oficiais na temporada em lance de erro de Pulgar, que também é um dos principais responsáveis pelo setor. O futebol às vezes te apresenta diferentes etapas. Estávamos com dificuldades nesse bloqueio. Um erro excessivo de passe que não nos dava condições de trabalhar e acionar os homens de frente com melhor qualidade. A altitude proporciona isso, a bola corre, foge. Tem que ser o passe no pé. Voltou no segundo tempo bem melhor e, quando teve a superioridade, fez o gol. O futebol tem esses detalhes Tite
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