O fantasma voltou a assombrar, e o Flamengo deixou Bogotá com um gosto amargo na bagagem. O empate com o Millonarios aconteceu após uma falha defensiva e serviu de alerta para o que pode ser o maior adversário do Grupo E da Libertadores: a altitude. Já nos primeiros minutos era possível perceber a dificuldade do Rubro-Negro, que até se apresentou bem fisicamente e sofreu mesmo para se adequar ao tempo da bola. A altitude faz a bola correr muito mais rápido, e o Flamengo tentou, desde o primeiro momento, administrar a posse para evitar riscos.
Funcionou pelos primeiros 15 minutos. Foi o tempo que o time conseguiu se impor e, logo aos cinco minutos, viu Viña perder aquela que foi a melhor chance da partida. Em um jogada entre Cebolinha e Bruno Henrique, o lateral uruguaio ficou livre com a sobra, mas pegou mal na bola e isolou. Pouco tempo depois, Arrascaeta fez jogada individual, a bola sobrou para o camisa 27 e o chute obrigou o goleiro do Millonarios a fazer grande defesa.
Com jogadores espaçados e com o lado esquerdo cedendo muito espaço, o Flamengo viu o time da casa crescer, ter a posse para atacar e criar perigo. As dificuldades de encaixar a marcação e acompanhar a intensidade imposta pelos colombianos passavam pela péssima noite de Viña e pelo o nervosismo de Igor Jesus, que substituía aquele que é o "motor" da equipe segundo Tite: De la Cruz. O meia apresentou quadro viral e sequer foi relacionado.
Milloranios poderia ter aberto o placar antes do intervalo, mas parou na trave e em uma boa defesa de Rossi. Foram apenas duas chances claras, mas os colombianos deram outros nove chutes a gol no primeiro tempo. Enquanto isso, no Flamengo, foram apenas as duas citadas acima. Para o segundo tempo, Tite consertou um dos erros inicias da escalação: Allan entrou no lugar de Igor Jesus. A cartada funcionou, e o Flamengo deu sinais do que vinha apresentando nos últimos jogos.
O resultado é decepcionante diante ao cenário que se desenhou a partida e traz à tona a atenção necessária para a Libertadores. Mas, antes de pensar nos 4.000m de La Paz, da partida contra o Bolívar, o Flamengo tem a final do Carioca para começar a apagar o trágico ano de 2023 sem títulos.
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