No papel, era só mais um jogo de Campeonato Brasileiro. Mas na prática, a coincidência em dois dos três desfalques que o Flamengo terá no primeiro jogo da final da Copa do Brasil transformou o 4 a 2 sobre o Juventude em um "ensaio geral" para a decisão contra o Atlético-MG no próximo domingo.
Filipe Luís indicou os substitutos, viu os escolhidos corresponderem e o time voltar a jogar bem e a vencer depois de duas partidas em que sequer fez gols. Obviamente é preciso contextualizar esse número: na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, o Flamengo jogou sem o seu meio de campo inteiro titular e chegou a fazer um bom primeiro tempo; já no 0 a 0 com o Corinthians na Copa do Brasil, atuou 75% do tempo com um jogador a menos e foi forçado a se defender para segurar a vantagem da partida de ida. Mas voltemos ao Juventude.
Na tarde do último sábado no Maracanã, Filipe Luís optou por Evertton Araújo na vaga do lesionado De la Cruz e por Michael no lugar do suspenso Bruno Henrique. A escolha no ataque era esperada, mas no meio de campo o técnico surpreendeu. Muitos torcedores esperavam ver o recém-contratado Alcaraz como segundo volante, até prevendo a retranca alviverde. A opção por Evertton Araújo deixou o time com dois primeiros volantes em campo, mas sem ficar torto. Não teve um mais fixo e outro mais solto: ele e Pulgar jogaram em linha, subindo o bloco e voltando juntos. O jovem, de 21 anos, fez uma partida simples e segura. E ainda apareceu na frente em boa finalização de fora da área. Filipe Luís justificou a escolha como plano de jogo, porém, contra um oponente que atacaria pouco, faz mais sentido o teste pensando no Atlético-MG daqui a uma semana.
Para Michael, foi importante recuperar ritmo e confiança depois da lesão na coxa direita que o tirou de combate por pouco mais de um mês. Ele vinha entrando poucos minutos nos últimos jogos, mas contra o Juventude voltou a ser titular e a fazer um gol depois de aproximadamente dois meses. E ainda construiu a jogada do terceiro, marcado por Arrascaeta."
No quinto jogo sob o comando de Filipe Luís, o Flamengo apresentou o seu maior volume ofensivo até aqui. O técnico até falou na entrevista coletiva pós-jogo que não é fácil atacar uma linha de cinco (defensores), mas com Gerson e Arrascaeta inspirados, e com muita movimentação, o Rubro-Negro não teve tanta dificuldade assim. Foram 20 finalizações contra apenas quatro do Juventude e 11 grandes chances de gol.
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